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Dilma chama Temer e Cunha de ‘chefe e vice-chefe do golpe’

Presidente manteve discurso de que impeachment é "golpe" e disse que Temer "esfrega as mãos e ensaia a farsa do vazamento de um pretenso discurso de posse"

Por Da Redação
12 abr 2016, 16h49

Em um duro discurso direcionado ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas sem citá-los nominalmente, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “existem dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada”. A declaração foi dada no encontro da petista com representantes do setor de educação nesta terça-feira. Dilma se referiu a Temer e Cunha como “chefe e vice-chefe do gabinete do golpe” que tentam montar uma fraude para interromper, no Congresso, o mandato dela.

As críticas de Dilma começaram quando a presidente citou o vazamento, ontem, de um áudio em que Temer fala como se o processo de admissibilidade do impeachment, cuja votação está prevista para o próximo domingo no plenário da Câmara, já tivesse sido aprovado. O vice-presidente assumiu a gravação e atribuiu o vazamento a um equívoco. “Vivemos tempos estranhos e preocupantes; tempos de golpe, de farsa e de traição. Ontem utilizaram a farsa do vazamento para difundir a ordem unida da conspiração”, afirmou Dilma. “Conspiram abertamente, à luz do dia, para desestabilizar uma presidente legitimamente eleita”, emendou a petista, sob os gritos de “Fora Temer” dos presentes.

Em referência às negociações feitas por peemedebistas para a formação de um governo Temer caso Dilma seja afastada, a presidente disse que a conspiração contra ela ocorre enquanto “leiloam posições no gabinete do golpe, no governo dos sem-voto”. No discurso vazado de Temer, segundo ela, “um dos chefes da conspiração” assume a condição de presidente, “gesto que revela a traição a mim e, ainda, à democracia, e explicita que esse chefe conspirador também não tem compromissos com o povo”.

A presidente tentou colocar os parlamentares, eleitores do impeachment, contra Michel Temer ao afirmar que o vice atropela os ritos em curso no Congresso Nacional “em completo desrespeito ao Legislativo”. Dilma disse não saber exatamente quem é o “chefe ou o vice-chefe do gabinete do golpe”, mas se referiu a Cunha como “mão, não tão invisível assim, que conduz desvios de poder e abusos inimagináveis no processo de impeachment” e a Temer, como o “outro (que) esfrega as mãos e ensaia a farsa do vazamento de um pretenso discurso de posse”.

Dilma classificou como frágil o relatório aprovado ontem na Comissão Especial do Impeachment da Câmara e disse que o processo contra ela é comandado pelos que pretendem rasgar os mais de 54 milhões votos que obteve em 2014 e ainda os dos que não votaram nela, mas respeitaram o processo democrático. “Os golpistas tentarão de tudo, nos intimidar, nos tirar das ruas. Vazamentos ilegais e acusações sem provas podem acontecer”, afirmou.

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Sobre a votação do impeachment na Câmara, a petista avisou que vai discutir com Lula estratégias e os próximos passos para convencer deputados indecisos e aqueles que mudaram de lado.

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Como votou a comissão do impeachment

(com Estadão Conteúdo)

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