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“Determinar final de operações PF”: diz bilhete encontrado na residência de João Santana e Mônica Moura

Materiais com anotações foram encontradas no apartamento do casal em Salvador. Os laudos da perícia técnica poderão ajudar a decifrar as intenções dos documentos

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jun 2016, 11h23

A Polícia Federal está tentando decifrar algumas anotações do publicitário João Santana e de sua esposa Mônica Moura. Entre os documentos apreendidos nas residências do casal em Camaçari, Salvador e São Paulo, há bilhetes, e-mails, agendas, notas fiscais e documentos que podem ajudar a elucidar o esquema de caixa dois, desvios de dinheiro público e lavagem de dinheiro em torno do petrolão. Uma dessas anotações mostra o casal tentando montar uma estratégia para minar os trabalhos da Operação Lava Jato.

Essa anotação foi recolhida em uma busca no apartamento do casal no luxuoso bairro do Corredor da Vitória, em Salvador. Há uma folha com anotações manuscritas, em cor azul, em uma caderneta Tilibra, onde se lê: “Determinar final de operações PF”, o que seria clara referência a uma estratégia para tentar controlar o trabalho da polícia. Na capa da caderneta está escrito “Bondade”. Os peritos estão tentando entender outras anotações na mesma página, como “estabilidade penal, consciência”, e “caráter, digo”. Em seguida, há anotação “Sem Chavez”, possível referência aos negócios de publicidade do casal na Venezuela. Há também referência a um “H. Costa” e ao “Sist. Político”.

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A polícia também apreendeu quatro folhas de cadernetas com manuscritos diversos. Na primeira folha consta a anotação “Dossiê”. Ao lado, há anotações: “vdi se escurecer” e “vdi escir quem”. Em outra folha constam várias anotações, mas o relatório da PF só transcreveu as mais legíveis, que são: “cobrar”, “todos do povo foram acusados (GET, JK, Brizola)”, uma clara referência aos ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek e o ex-governador Leonel Brizola. Na mesma lauda há as seguintes anotações: “seu governo”, “ver com quem to falando” e “não conseguiu… o estado + rico, como um… o BR empobrecido”.

No apartamento do casal em Indianápolis, em São Paulo, outros materiais apreendidos mostram que João e Mônica acompanham todas as investigações envolvendo o PT. Foram encontradas fotos impressas relativas a um procedimento investigatório que se iniciou com informações que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o COAF, enviou ao Ministério Público e à Polícia Federal. Na busca, também foram encontradas fotos impressas de peças relativas a um inquérito policial e os depoimentos dos petistas João Vacari Neto e Paulo Frateschi. Outro documento importante que a polícia encontrou no apartamento do casal em São Paulo foi um conjunto de nove laudas com “histórico das correções feitas nas declarações de capitais brasileiros no exterior” dos sócios do Grupo Polis, de João e Mônica. Essas correções teriam sido feitas por pelo escritório Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados. Há um quadro comparativo com os nomes de João Santana, Mônica Moura, Ayle Axe de Souza Santana e Daniel Moura Marques Requião. Os laudos da perícia técnica poderão ajudar a decifrar as intenções do casal.

Rasgadinho - Lava Jato - Monica Moura e Joao Santana
Rasgadinho – Lava Jato – Monica Moura e Joao Santana (VEJA)
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