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Deslizamentos de terra ameaçam Nova Friburgo

Com cidade em alerta máximo, moradores terão de aprender a conviver com o barulho das sirenes, que são acionadas desde domingo

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jan 2012, 12h26

Os moradores das cidades da região serrana do Rio vão ter que se acostumar com uma rotina incômoda, mas necessária, ao longo de todo o período das chuvas. Em Nova Friburgo, desde as 16h do dia 1º de janeiro, as sirenes disparam em intervalos de 15 minutos. O sinal é o alerta para deixar as casas e evitar que, em caso de deslizamento, a cidade tenha novas vítimas. “Na tarde de domingo, acumulado de chuva atingiu 100mm em 24h. Esse é o parâmetro que indica risco de escorregamento”, disse o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, que está em Nova Friburgo.

Por causa do solo encharcado, de 150 a 300 pessoas tiveram que ir para os pontos de apoio definidos pela Defesa Civil. Em Nova Friburgo existem 50 desses pontos que abrigam os moradores provisoriamente. Eles funcionam, sobretudo, em escolas e igrejas. Segundo Simões a ação da secretaria é preventiva. Ainda não foram registrados deslizamentos de terra.

Um dos problemas enfrentados pelos agentes da Defesa Civil é a resistência da população em deixar as suas casas. Simões e sua equipe percorreram os locais atingidos em um processo de convencer os moradores e detectar onde há risco de desabamento. Nas localidades que apresentam maiores perigos, as sirenes foram instaladas e líderes comunitários mobilizados para ajudar a orientar as pessoas.

“A principal mudança é o comportamento da população, que está mais esclarecida. Estamos com uma grande mobilização em Friburgo e, por enquanto, não aconteceu nada”, afirma Simões. As sirenes foram disparadas pela primeira vez na Região Serrana, no domingo. A previsão é de que uma chuva fraca a moderada atinja a cidade até quarta-feira. Essa quantidade de chuva, apesar de pequena, é suficiente para manter o acúmulo de água no solo. E, por isso, o secretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro permanecerá em Friburgo até, pelo menos, quarta-feira.

No município de Teresópolis, também na Região Serrana, chove. No entanto, ainda não atingiu o acumulado de 100 mm de chuva em um dia. Nova Friburgo e em Teresópolis foram os locais com maior número de mortes na enxurrada que atingiu a região em janeiro de 2010. Na ocasião, quase mil pessoas morreram. De lá para cá, uma das principais mudanças ocorridas foi a instalação de sirenes. Outras ficaram no discurso, bloqueadas pela farra que políticos fizeram com o dinheiro público aportado na serra para reconstruir as cidades.

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Bom Jardim– No município de Bom Jardim, vizinho de Nova Friburgo, a prefeitura impediu o trânsito de caminhões e carretas na estrada municipal de Barra de Santa Teresa. A interrupção é consequência da chuva e tem dois objetivos: não prejudicar o trânsito de veículos menores e preservar a estrada. A via foi destruída em janeiro de 2011, no temporal que atingiu a Região Serrana. Desde que foi refeita, a estrada é uma alternativa para os motoristas que usavam a RJ-116, que liga Itaboraí a Macuco, passando por Friburgo e Bom Jardim. A ponte da RJ-116 que dava acesso a Bom Jardim foi levada pela enxurrada em 2010 e, desde então, a opção dos motoristas passou a ser a estrada de Barra de Santa Teresa.

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