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Com um pé atrás: vice-governador elogia Supervia e vai ao Facebook se explicar

Depois de afirmar que está "satisfeito" com a empresa que opera os trens no Rio, Pezão se corrige e diz que concessionária precisa ser punida

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
24 jan 2014, 15h45

Depois de mais um dia de pane nos trens do Rio, o vive-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que havia afirmado estar “satisfeito” com a concessionária que opera o sistema, precisou ir ao Facebook rever sua posição. Pezão, na quinta-feira, um dia depois de uma paralisação total dos trens metropolitanos, fez elogios à Supervia. Já nesta sexta-feira, disse que a empresa precisa ser punida.

Pezão está prestes a assumir o governo do estado, com a saída do governador Sérgio Cabral, prevista para 28 de fevereiro. A mudança é uma estratégia para tirar Cabral do foco e dar visibilidade ao vice, que disputará o Palácio Guanabara pelo PMDB. Os comentários elogiosos á Supervia repercutiram mal, principalmente entre os cerca de 600.000 usuários dos trens. Na quarta-feira, os trens ficaram 13 horas sem circular, num acidente que está longe de ser exceção no sucateado e superlotado sistema ferroviário da região metropolitana.

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“O incidente de quarta-feira foi grave. Passageiros andando na linha do trem é uma situação que não deve se repetir. A Supervia errou e tem de ser punida por isso. A concessionária terá que melhorar os seus serviços”, disse Pezão em sua página no Facebook. A declaração é uma tentativa de compensação pelas declarações ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’. Na quinta-feira, Pezão disse o seguinte ao jornal, sobre a Supervia. “Estou (satisfeito). É claro que a gente tem de cobrar cada vez mais, mas a Supervia tem um grande grupo por trás, o maior do Brasil, e isso dá tranquilidade para a gente”.

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O grupo que controla a Supervia é o Odebrecht. A emrpesa doou 200.000 reais para o Comitê Financeiro único do PMDB na eleição de 2010, quando Sérgio Cabral foi reeleito governador. Na época, o tesoureiro do partido era Arthur Vieira Bastos, hoje um dos conselheiros da agência reguladora Agetransp, responsável por fiscalizar e aplicar multas por erros da Supervia.

Em 2010, o governador Sérgio Cabral (PMDB) ampliou em mais 25 anos a concessão da Supervia, até 2048. As relações do governo do estado com a Supervia passaram a ser criticadas não apenas por essa renovação sem concorrência, mas também pelas constantes falhas operacionais e episódios como passageiros chicoteados por seguranças para se apertarem na composição.

O problema desta sexta-feira ocorreu no ramal de Japeri, numa composição que seguia para a Central do Brasil. O trem parou subitamente na estação de Nilópolis e passageiros tiveram de andar pelos trilhos para a estação seguinte. Devido ao problema, o ramal de Japeri passou a operar com atrasos.

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