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Dentista queimado é transferido para UTI em São Paulo

Estado da vítima é considerado crítico pelo hospital; nenhum suspeito foi preso

Por Da Redação
31 Maio 2013, 16h21

O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, que relatou ter sido queimado por dois assaltantes em seu consultório, em São José dos Campos, na segunda-feira, foi transferido para São Paulo. As queimaduras atingiram 60% do corpo. Nenhum suspeito foi preso.

Segundo o hospital Albert Einstein, Gaddy foi transferido na noite de quinta-feira e foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – seu estado é considerado crítico. Ele passou três dias internado na Santa Casa de São José dos Campos.

Investigação – O crime ocorreu por volta das 21h de segunda-feira, em uma clínica no bairro Vila Tatetuba, região de classe média baixa próxima da Rodovia Presidente Dutra. Segundo a polícia, o próprio dentista contou que foi rendido por dois homens encapuzados em seu consultório, que exigiram dinheiro. Em seguida, ele foi amarrado e colocado numa sala. Os bandidos então despejaram álcool e atearam fogo no local. A vítima conseguiu se soltar e foi socorrida por um pedestre que passava pela rua e que escutou seus gritos.

A sequência do crime foi narrada pelo dentista para o pedestre que o socorreu e para outra testemunha que acompanhou a chegada de uma ambulância ao local. Mesmo com ferimentos graves, Gaddy permaneceu lúcido após ser queimado.

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A segunda testemunha contou para a polícia que a vítima disse que os assaltantes atearam fogo depois que ele tentou tirar o telefone do bolso, o que irritou os assaltantes. Nada foi levado do consultório.

De acordo com a polícia, parentes relataram que o dentista não guardava valores no local. Uma embalagem de álcool e um isqueiro foram encontrados na sala em que ele foi queimado.

Hipóteses – De acordo com a Divisão de Investigações Gerais de São José dos Campos, a principal hipótese analisada pela polícia é a de tentativa de latrocínio, mas os investigadores também analisam outras linhas de investigação, como tentativa de homicídio, vingança e suicídio. A polícia recolheu o telefone celular e o computador do dentista para perícia.

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Na terça-feira, a polícia chegou a divulgar imagens registradas por uma câmera da segurança instalada na rua do consultório. No vídeo, é possível ver um homem correndo em um horário próximo ao que o dentista ficou ferido. Mas, em seguida, a polícia decidiu descartar a pista depois de concluir que o homem era um vizinho do consultório que se assustou com os gritos e correu para procurar ajuda. No momento, a polícia analisa imagens de outras câmeras instaladas no bairro.

ABC – Esse foi o segundo caso em pouco mais de um mês que envolve um dentista queimado no estado de São Paulo. Em 25 de abril, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, três criminosos atearam fogo e mataram Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, após descobrirem que ela tinha apenas 30 reais na conta bancária. Cinthya morreu em pouco minutos. Os criminosos foram presos – ente eles um menor apreendido.

Após a divulgação do caso de São José dos Campos, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) divulgou uma nota em que afirma estar indignado. “É um retrato da falta de segurança que ronda o dia a dia dos profissionais de odontologia e dos cidadãos de São Paulo”, diz a nota.

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“Crimes como esses, lamentavelmente, demonstram que estamos muito distantes de garantir segurança para os cirurgiões-dentistas e a população. As autoridades devem agir com presteza, criando um cinturão de segurança para os profissionais de odontologia, antes que o modus operandi vira prática comum aos criminosos”, afirma.

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