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DEM e PR vão oficializar Clarissa Garotinho como vice de Rodrigo Maia no Rio

Filha dos ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, deputada estadual tenta atrair voto evangélico e o público jovem para a coligação

Por Da Redação 5 mar 2012, 18h50

A deputada estadual Clarissa Garotinho, do PR, será a vice do deputado federal Rodrigo Maia, do DEM, na chapa para concorrer à prefeitura do Rio. Os dois vão oficializar a candidatura na próxima quinta-feira. Pela frente, o trabalho de tentar levar a eleição para o segundo turno. O desafio é grande. Eduardo Paes (PMDB) disputa a reeleição e começa a campanha tendo em seu currículo os preparativos da cidade para as Olimpíadas de 2016 e o apoio dos governos estadual e federal. No entanto, os filhos de Anthony Garotinho e Cesar Maia, duas raposas políticas do Rio, prometem tirar o atual prefeito da zona de conforto. É essa a dupla – ou quarteto – que carrega o maior potencial para perturbar Paes durante a corrida eleitoral.

A aliança entre as famílias Garotinho e Maia foi, até agora, a surpresa para o eleitor carioca. A passagem de inimigos políticos para aliados é motivo de explicações dos filhos e dos pais. O primeiro evento conjunto das duas siglas, no dia 27 de fevereiro, levou cerca de três mil pessoas a um auditório no centro. Com mais militantes do PR, Clarissa, Rosinha e Garotinho tiveram de ter jogo de cintura para contornar as vaias recebidas pelos Maia. A aliança entre os clãs, no entanto, é simples de ser explicada politicamente: a união faz a força.

Em pesquisas realizadas pelos próprios partidos antes do lançamento da candidatura, o cenário mostrava que Clarissa e Rodrigo, sozinhos, não fariam cócegas em Paes. Ele aparecia com 4% e ela com 3%. Quando Rodrigo foi apresentado no levantamento como o candidato de Garotinho e de Cesar Maia, ele pulava para 18% das intenções de votos em alguns bairros. Pelos cálculos de Maia, o pai, que tem fixação por números e cálculos, os apadrinhados devem conseguir chegar a 20% dos votos em outubro.

Até agora, Clarissa e Rodrigo, que foram três vezes à rua em campanha, sentiram facilidade em penetrar no eleitorado um do outro. Principalmente Rodrigo, que conta com toda a oratória dos Garotinho para ser aceito na militância do Partido da República, aparentemente mais fiel. A ideia da aliança é somar votos, apesar de os dois saberem que pagarão um preço por isso. A perda de alguns eleitores, porém, deve ser menor do que o somatório deles.

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Sondagens do PR apontam uma possível complementação dos votos. Enquanto Rodrigo é mais forte nas regiões centrais de alguns bairros da zona oeste, por exemplo, Clarissa se destaca nas áreas periféricas. Junto a eles, deve ainda ser arrebatado o eleitorado evangélico, que não tem um candidato próprio dessa vez. Anthony Garotinho é evangélico e investirá nesse filão para alavancar a chapa composta por sua filha. Na convenção do dia 27, as duas famílias asseguraram que os “valores da família” seriam tema na corrida eleitoral.

Apesar de terem encontrado pontos em comum, a união entre Clarissa e Rodrigo não foi amor a primeira vista. As conversas começaram há um ano entre Garotinho e Rodrigo, em Brasília. Clarissa, deputada estadual atuante na política fluminense, primeiro, disse não. Estranhou essa proximidade e não queria tomar uma decisão influenciada pelos pais. Passados alguns meses, encontrou-se com Rodrigo. Foi aí que começou a construção da aliança. Ela credita que, por terem perfis tão diferentes, deram certo. Clarissa é a cara e a emoção dos Garotinho. Fala bem, gosta de uma briga, e diz preferir agir pelo que sente. Ele é a cara e a falta de emoção do pai. Rodrigo é mais racional, gosta de compor, preocupa-se com os cálculos e não é de muitas palavras.

A estratégia dos Maia e dos Garotinho também passa pela lógica de dividir para enfraquecer o adversário. Apesar da união entre DEM e PR, a tentativa é de aumentar o número de candidatos para empurrar a eleição para o segundo turno. O tom de todos será o mesmo: criticar a gestão de Paes. O deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, usará da ética e do combate às milícias para atrair votos. O deputado federal Otávio Leite, do PSDB, contará com os caciques do partido para nacionalizar o debate e enfiar o dedo na ferida do PT, que indicou o vice para compor a chapa de Paes.

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