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Delação premiada ajudou PF a desmontar quadrilha em Rondônia

Governador Confúcio Moura (PMDB) foi levado por agentes para prestar depoimento sobre esquema que desviou 57 milhões de reais

Por Gabriel Castro, de Brasília
20 nov 2014, 13h59

Uma delação premiada ajudou os investigadores a desmontar uma quadrilha que desviou pelo menos 57 milhões de reais em contratos com o governo de Rondônia. A operação Plateias, deflagrada na manhã desta quinta-feira, recolheu provas de que empresários pagavam propina para firmar contratos com oito secretarias do governo. O governador Confúcio Moura (PMDB) foi levado pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre o caso.

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“Detectamos atividades de um grupo que efetuava pagamento de propina por contratos administrativos. Outro grupo fez doações para campanhas para que pudesse ser contratado”, afirmou o delegado Arcelino Damasceno, em entrevista coletiva concedida em Porto Velho. Ele não apresentou o nome do investigado que aceitou a delação premiada.

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A Controladoria-Geral da União, que participou dos trabalhos, detectou que os contratos firmados pelas empresas envolvidas movimentaram 1 bilhão de reais. Desse total, 290 milhões foram recebidos por meio de contratos fraudulentos, e 57 milhões acabaram desviados. Havia até uma espécie de “fundo de propina” que chegou a movimentar 2 milhões de reais em um mês.

Entre os contratos investigados estão o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um de compra de viaturas e um de fornecimento de alimentação a hospitais. Os responsáveis devem responder por fraude a licitação, concussão (exigir pagamento de vantagem indevida), corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

O superintendente da Polícia Federal em Rondônia, Carlos Gaia, não deu detalhes sobre a participação do governador no esquema. “As investigações ainda estão em andamento e a gente está tendo que individualizar a participação de cada um”, disse ele, durante a entrevista coletiva.

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Por causa da investigação sobre Confúcio, o caso tramita no Superior Tribunal de Justiça. É possível dizer que não há senadores ou deputados federais diretamente envolvidos até agora porque, nesse caso, a atuação caberia ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Os investigadores afirmaram que a operação Plateias teve origem em outra apuração da Polícia Federal de do Ministério Público Federal: a operação Termópilas, de 2012. Na ocasião, eles identificaram a ação da quadrilha que foi desmontada nesta quinta-feira.

Aproximadamente 300 policiais cumprem 193 mandados judiciais: 163 de condução coercitiva; 26 de buscas; e 4 de prisão temporária. Os mandados da Operação Plateias são cumpridos em Rondônia, no Acre, Amazonas, na Bahia, em Goiás, no Pará, Rio de Janeiro, em São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal. Uma das conduções coercitivas ocorre na Espanha. Em Brasília, foi preso o suspeito de distribuir o dinheiro da corrupção. Ele não teve seu nome revelado. O ex-senador Expedito Júnior (PSDB) está entre as pessoas conduzidas para prestar depoimento.

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