Defesa pedirá liberdade para homem que atropelou garis

Acidente foi no sábado, na Marginal Pinheiros. Motorista é acusado de embriaguez ao volante

Por Adriana Caitano
24 out 2011, 09h47

Corpos de garis atropelados na Marginal Pinheiros são enterrados no Cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo (Fabio Braga/Folhapress/VEJA)

Os advogados do gerente de banco Fernando Mirabelli, preso em flagrante depois de atropelar três garis na Marginal Pinheiros, em São Paulo, neste fim de semana, vão entrar com pedido para que ele responda ao processo em liberdade. A solicitação deve ser enviada até a tarde desta segunda-feira ao Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária da capital (DIPO). Os corpos de Alex Damasceno de Souza e Roberto Pires de Jesus, que morreram no acidente, foram enterrados neste domingo.

Ainda nesta segunda-feira, Fernando Mirabelli será transferido da delegacia da Vila Leopoldina, na Zona Oeste da cidade, para um Centro de Detenção Provisória (CDP). A Polícia Civil ofereceu denúncia contra ele, acusando-o de embriaguez ao volante, fuga do local do crime e homicídio.

O advogado do gerente, Alexandre de Thomazo, no entanto, nega que seu cliente tenha tentado fugir. “Ele foi agredido pelas pessoas no local e colocado de volta no carro pela própria polícia para manter sua integridade física”, afirma.

O advogado não nega nem confirma que o cliente estivesse embriagado no momento do atropelamento. A polícia encontrou garrafas vazias de bebida alcóolica dentro do carro de Mirabelli. “Ele não fez o bafômetro e só os exames poderão confirmar ou não se ele tinha bebido”, disse Thomazo. “Mas, quando o encontrei, três horas depois do acidente, não vi qualquer sinal de embriaguez”. Para ele, as garrafas de bebida alcóolica no carro “não provam nada”.

Thomazo acrescenta que, segundo o seu cliente, o veículo de Mirabelli foi fechado por outro quando ele saía de Guarulhos rumo ao bairro de Campo Belo, Zona Sul da capital paulista, provocando o atropelamento. “Ele é do bem, honesto, trabalha há quatorze anos no mesmo lugar, é réu primário e tem bons antecedentes, logo, tem todo o direito de ter a liberdade provisória concedida”, argumenta o defensor.