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Cunha desiste de ir à Itália após descoberta de contas secretas

Investigado na Suíça por corrupção e lavagem de dinheiro, presidente da Câmara viajaria à Europa para participar de um fórum parlamentar

Por Carolina Farina 1 out 2015, 13h05

No da seguinte à confirmação, pelo Ministério Público, de que é investigado na Suíça por suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desistiu da viagem que faria à Itália neste fim de semana. Cunha participaria, na segunda-feira, de um fórum parlamentar no país europeu.

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Ele nega que o cancelamento da viagem tenha se dado por causa da investigação, e afirma que a decisão se deu porque pretende comparecer ao casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ocorre neste sábado em Brasília.

Depois de identificar que Cunha e familiares eram os titulares de contas bancárias secretas, o Ministério Público da Suíça enviou nesta quarta ao Brasil as informações sobre o caso, o que permite que a Procuradoria-Geral da República possa investigar e processar o deputado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

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A transferência da investigação da Suíça para o Brasil ocorre para que as apurações do caso possam ter continuidade, já que, por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não poderia ser extraditado para a Suíça.

O presidente da Câmara é apontado, por delatores do petrolão ligados a esquemas de pagamentos de propina, como beneficiário de depósitos no exterior. Ele teria recebido ao menos 5 milhões de dólares, conforme o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, por causa de uma negociata envolvendo a contratação de um navio-sonda pela Petrobras.

Impeachment – Cunha também afirmou que planeja analisar todos os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolados na Câmara em até quinze dias. Ele disse que vai analisar nesta quinta mais dois pedidos ao longo do dia. Nesta quarta, ele arquivou três solicitações de abertura do processo.

O peemedebista falou ainda sobre a reforma ministerial que deve ser anunciada por Dilma. Para Cunha, a distribuição de cargos apenas não resolve o problema do Planalto na Câmara. Isso porque, segundo ele, o PMDB seguirá entregando o mesmo número de votos na Casa. “Quem é a favor é a favor e quem é contra é contra. Quem é contra não vai votar por cargo”, disse.

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Cunha afirmou que a base do governo não está consolidada. “Não acho que a reforma vá resolver esse processo. Mas pode ser que depois disso tudo eles consigam”. O peemedebista avaliou que as duas derrotas sofridas na quarta-feira pelo Planalto indicam claramente que o governo tem problemas na base.

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