Conheça o roteiro detalhado do papa Francisco no Brasil

O papa Francisco embarcou para o Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira, em sua primeira viagem internacional desde a nomeação ao cargo máximo da Igreja, em março passado. Durante o voo, que saiu de Roma às 8h55 (3h55 de Brasília), ele descreveu sua emoção pelo Twitter. “Dentro de algumas horas chego ao Brasil, e já sinto o coração cheio de alegria por em breve estar celebrando com vocês a 28ª JMJ”, postou. A agenda de compromissos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será intensa desde o primeiro dia, quando, a seu pedido, foi incluído de última hora um passeio de papamóvel pelo Centro da cidade – da Catedral Metropolitana ao Theatro Municipal. O percurso, que levará em torno de uma hora, será realizado entre a chegada do pontífice no Aeroporto Internacional Tom Jobim, prevista para as 16h, e a cerimônia oficial de boas-vindas programada para as 18h no Palácio Guanabara.

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Antes, o Vaticano havia anunciado que Francisco iria direto do Galeão à sede do governo do estado. A alteração é uma amostra de que outros ajustes devem ser feitos ao longo da semana para atender ao perfil de um papa simples e que faz questão de se aproximar dos fiéis. A maior expectativa é em relação ao segundo dia, terça-feira, quando não há compromissos agendados. O dia estaria reservado para o descanso do pontífice, que na quarta-feira embarca cedo para um bate-e-volta na cidade de Aparecida, interior de São Paulo. Mas quem acompanha de perto o Santo Padre duvida que ele fique recluso na residência Assunção no Centro de Estudos do Sumaré, Zona Norte do Rio.

Infográfico: A agenda do Papa na Jornada Mundial da Juventude

“Estamos preparados para qualquer mudança repentina no roteiro”, destacou ao site de VEJA o chefe do Escritório de Grandes Eventos, tenente-coronel Edison Duarte. De acordo com ele, do efetivo diário de 15.000 policiais militares para todo o estado, cerca de 7.000 a 8.000 estarão voltados especificamente para os eventos da JMJ – o que inclui as catequeses, os eventos culturais, pontos turísticos e as vias de maior movimento durante o evento que começa oficialmente na terça-feira e termina no domingo. “Também teremos agentes aquartelados. Forças de choque e batalhões especiais estarão de prontidão para qualquer necessidade”, detalhou.

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É a maior mobilização de efetivo na história da PM do Rio, afirma. “Talvez não haja um evento tão difícil de se trabalhar, na área de segurança, como a Jornada. Os eventos que terão a presença do papa, como Copacabana e Guaratiba, são apenas um foco. A programação é muito pulverizada, por toda a capital e Região Metropolitana.” Reforçam o efetivo, ainda, 13.700 agentes, sendo 10.200 das Forças Armadas e o restante da Força Nacional de Segurança, policiais e guardas municipais. Outros 1.050 homens do Exército serão mantidos aquartelados, além de 800 da Marinha e 600 da Força Aérea. Em caso de emergência, o governador Sérgio Cabral pode pedir à Presidência que seja expedido o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para que a tropa extra entre em ação.

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Manifestações – O esquema especial tem explicação: há pelo menos três protestos confirmados no Rio de Janeiro durante a visita do papa. O primeiro deles, intitulado Ato na recepção do Papa no Palácio Guanabara, convoca os manifestantes para a frente da sede do governo do estado a partir das 18h. Até a noite de sexta-feira, o evento no Facebook acumulava mais de 6.000 confirmações de presença. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República já anunciou que o local será totalmente isolado, em uma operação coordenada pelo Exército – devido à presença da presidente Dilma Rousseff. Nos últimos dias, o palácio foi palco de três grandes embates entre policiais e grupos de baderneiros.

Leia: Exército vai isolar Palácio Guanabara na noite da recepção a Francisco

Por questão de segurança, o chefe do Escritório de Grandes Eventos pede que os peregrinos evitem carregar objetos que possam ser usados como armas – pedaços de madeira, por exemplo. “Não levem, também, nenhum recipiente de vidro, que pode virar arma de intimidação, mas também quebrar e causar acidentes”, reforça. Máscaras não devem ser usadas, nem qualquer outra forma de cobrir o rosto, já que essa é uma prática comum dos vândalos que se infiltram nas manifestações da cidade. Além disso, Duarte lembra que, como os eventos têm uma previsão de público muito grande, o ideal é chegar com antecedência e evitar correria na hora de sair. Priorizar o transporte público é fundamental, principalmente porque não haverá estacionamento para veículos particulares próximo aos locais da JMJ.

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