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Comissão da Verdade deve analisar relato de ex-delegado sobre assassinatos e tortura

Ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos afirma que informações do livro 'Memórias de uma Guerra Suja' serão discutidas pelo grupo. Dilma Rousseff já recebeu um exemplar

Por Laryssa Borges e Luciana Marques, de Brasília
3 Maio 2012, 13h06

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou nesta quinta-feira, por meio de sua assessoria, que a Comissão da Verdade deverá apurar o relato de que corpos de militantes políticos mortos pela ditadura militar em São Paulo e no Rio de Janeiro foram incinerados. A informação consta no livro Memórias de uma Guerra Suja, que reúne um conjunto de depoimentos do ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra. Segundo Guerra, dez corpos de militantes que atuaram nos anos de chumbo foram levados para a Usina Cambahyba, que pertencia ao ex-vice governador do Rio, Heli Ribeiro Gomes.

“A Comissão da Verdade vai analisar os fatos do livro e todos os outros do período [da ditadura]”, disse a ministra dos Direitos Humanos, segundo assessores.

O ministro da Educação, Aloisio Mercadante, comentou a publicação de Memórias de uma Guerra Suja’ e a intenção de Maria do Rosário de levar as informações para análise pela Comissão da Verdade. “Acho que a Comissão da Verdade tem exatamente essa motivação de poder revelar uma história do Brasil importante, especialmente a história dos desaparecidos, famílias que até hoje não conseguiram enterrar seus entes queridos. O livro faz parte dessa discussão, é uma pessoa que participou do processo de repressão divulgando essas informações”.

‘Memórias de uma Guerra Suja’ (Editora Topbooks) chega às livrarias neste sábado. Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff recebeu um exemplar e já teria lido a obra. O livro é escrito com base em uma série de entrevistas feitas pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros com o ex-delegado Cláudio Guerra, figura conhecida do crime organizado capixaba.

Os autores usaram notas de rodapé para esclarecer citações feitas pelo delegado. Guerra relata, por exemplo, ter participado da Chacina da Lapa, em São Paulo, em 1976, quando dirigentes do PC do B foram executados. Afirma também que sua “comunidade” pôs panfletos da campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva no local em que o empresário Abílio Diniz foi sequestrado, em São Paulo.

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