Começa julgamento de PMs acusados de matar Amarildo
Pedreiro desapareceu em julho do ano passado, após ser levado por agentes da UPP da Rocinha; Justiça declarou morte presumida e 25 foram indiciados
Começou com meia hora de atraso, às 14h30 desta quinta-feira, a primeira sessão da audiência de instrução e julgamento do processo em que 25 policiais militares são acusados pela morte e ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo Souza, de 43 anos, desaparecido na favela da Rocinha (Zona Sul) em julho do ano passado. Nesta primeira sessão, serão ouvidas algumas das 19 testemunhas arroladas pelo Ministério Público, a maioria delas policiais da Divisão de Homicídios (DH) que investigaram o caso.
“Não tenho mais esperanças de encontrar Amarildo vivo. Mas, pelo menos, queria achar os restos mortais para poder enterrá-lo”, disse Elisabeth Gomes de Souza, viúva de Amarildo, convocada também como testemunha de acusação. Ela chegou ao fórum, no Centro do Rio, acompanhada por um de seus filhos, Anderson. O processo tramita na 35ª Vara Criminal. Não foi permitida a entrada de jornalistas na sala de audiências.
O corredor do quarto andar do Fórum está com a segurança reforçada, para evitar tumultos. As oitivas das 20 testemunhas de defesa serão tomadas em outra sessão, que ainda não tem data marcada. Amarildo está desaparecido desde a noite de 14 de julho do ano passado, quando foi conduzido de sua casa à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha “para averiguação”. O corpo jamais foi localizado.
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(Com Estadão Conteúdo)