Comandante-geral da PM do Rio é exonerado
Decisão foi comunicada pela Secretaria de Segurança após reunião entre José Mariano Beltrame e o coronel Erir Ribeiro Costa Filho
O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, foi exonerado na tarde desta segunda-feira. Um comunicado da Secretaria Estadual de Segurança informa que, “após uma longa conversa” com o secretário José Mariano Beltrame, o oficial deixa a PM. “O secretário está avaliando o nome do sucessor do coronel no comando da corporação”, diz a nota.
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“Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade”, disse o secretário de Segurança, ainda segundo a nota. A relação entre Beltrame e o coronel piorou na última sexta-feira. O secretário repreendeu publicamente a decisão de Costa Filho de anistiar 450 policiais que enfrentavam punições administrativas – referentes a pequenas infrações, que podem ir desde desalinho na farda até faltas e atrasos.
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Beltrame tem postura pública nitidamente contrária às frases de Costa Filho. O secretário já defendeu, por exemplo, um “rito sumário” de punição de má conduta de policiais. O objetivo do comandante é, segundo ele próprio, permitir que os policiais recorram de punições impostas e, assim, limpem suas fichas na corporação.
Amarildo – Tem origem na PM, no momento, um das feridas abertas do governo do Rio. Além do grito de “Fora Cabral”, repetido nos protestos, os manifestantes querem saber “Cadê Amarildo?” – outro bordão que ganhou força em atos no centro e na vizinhança do governador Sérgio Cabral. Desaparecido desde o dia 14 de julho, quanto compareceu à UPP da favela da Rocinha, o pedreiro Amarildo de Souza, de 43 anos, tornou-se mártir instantâneo.
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