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Com medo de desgaste, PT e PSDB adiam plano de governo

A avaliação nas companhas é de que Marina Silva entrou em uma agenda negativa após o lançamento de seu texto

Por Da Redação
17 set 2014, 10h31

As controvérsias em torno do programa de governo da candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva, fizeram seus adversários reavaliarem a conveniência de lançarem seus planos no mesmo modelo, com um grande caderno que assuma, por escrito, os compromissos de campanha. A avaliação é de que Marina entrou em uma agenda negativa após o lançamento de seu texto, em 29 de agosto. Virou alvo de ataques em razão das erratas que teve de divulgar – a principal delas retirava do plano causas caras ao movimento gay.

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A campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) adotou a estratégia de não publicar um documento semelhante e de “dosar” na TV a apresentação das suas propostas. A avaliação do comitê é de que apresentar neste momento um texto justificando as políticas adotadas nos últimos anos e apresentando um plano para os próximo mandato poderia dar munição aos adversários e abrir um flanco sobre o qual eles se debruçariam pelos próximos vinte dias. Dilma deve se encarregar de assumir compromissos pontuais, a exemplo do que fez quando defendeu a criminalização da homofobia. Ela mesma já disse recentemente que não haverá a divulgação de uma redação unificada de seu programa de governo, que nas palavras dela “será moderno e estará na televisão”.

Desde o início do processo eleitoral, a campanha de Dilma trabalha em 25 textos setoriais que embasarão a defesa das políticas adotadas nos governos do PT e também para as promessas que serão apresentadas. Aliados que participam dessa montagem não dão data para a sua divulgação. A ideia é trabalhar para não haver brechas para os adversários. Na campanha do tucano Aécio Neves a avaliação é semelhante. O programa de governo ainda não foi apresentado por questões estratégicas de marketing. Entre tucanos próximos ao candidato, uma frase virou consenso: programa de governo hoje tem potencial mínimo de angariar votos e chances máximas de fazer perder eleitor. A avaliação é de que apresentar o plano agora é expor o candidato à linha de tiro de adversários, como ocorreu com Marina.

Na campanha de Aécio, os chefes dos grupos de estudos de todas as áreas como econômica, social, de educação, saúde, segurança, etc, já concluíram suas tarefas e enviaram as sugestões ao coordenador do programa de governo Arnaldo Madeira e também a Antonio Anastasia, que deixou oficialmente a função, mas continua ajudando no tema. Elas ainda não passaram pela análise do presidenciável, que é quem dará a palavra final. Oficialmente, as ideias ainda estão sendo buriladas. Na prática, elas só virão a público no momento em que os marqueteiros avaliarem que correrão menos riscos de provocar desgaste ao candidato do PSDB. Será levado em conta, por exemplo, o comportamento de Aécio nas pesquisas. “Fique tranquilo. Nosso plano de governo não será feito a lápis. Ele será feito a caneta e ele reproduz exatamente aquilo que nós pregamos e praticamos ao longo da nossa vida”, disse Aécio ontem em São Paulo ao ser questionado sobre o programa. Diante da insistência de jornalistas sobre a data, o candidato disse: “Certamente antes da eleição”.

(Com Estadão Conteúdo)

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