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Operado durante a madrugada, cinegrafista permanece em estado grave

Peritos tentam identificar origem do artefato explosivo. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota de repúdio à agressão

Por Da Redação
7 fev 2014, 10h54

Permanece muito grave o estado de saúde do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes. Ele foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, após ser atingido por um morteiro na cabeça durante conflito entre manifestantes e policiais na noite de quinta-feira. O protesto, com participação do grupo Black Bloc, teve conflito, com lançamento de pedras e bombas caseiras pelos mascarados e bombas de efeito moral, pelos policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) da Polícia Militar.

Andrade foi ferido quando estava na Central do Brasil cobrindo o protesto contra o aumento da passagem na cidade do Rio. Ele passou por uma neurocirurgia na madrugada desta sexta-feira. Ainda não se tem certeza sobre a origem do artefato que feriu o cinegrafista. Especialistas que analisam as imagens do momento da explosão, no entanto, não enxergam sinais de bombas de efeito moral, usadas pela polícia.

Fotógrafo é gravemente ferido em explosão durante protesto no Rio

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota de repúdio à agressão sofrida pelo cinegrafista. Andrade é o terceiro jornalista ferido em manifestações este ano. Além dele, Sebastião Moreira, da Agência EFE, foi agredido por PMs e Paulo Alexandre, freelancer, apanhou de guardas civis metropolitanos, durante protesto em 25 de janeiro, ambos em São Paulo.

“A Abraji repudia ataques como esses a jornalistas. Em 2013, 114 profissionais foram feridos em todo o país durante a cobertura de protestos. É preocupante que 2014 comece com três casos de violência contra jornalistas. Se faz necessária uma apuração célere do ocorrido para que procedimentos sejam revistos e para que o Estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista”, diz a nota.

A Band divulgou a seguinte nota sobre o episódio que feriu o cinegrafista nesta quinta-feira: “Durante as manifestações na Central do Brasil, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, o cinegrafista Santiago Andrade da Band foi ferido na cabeça por um artefato – não se sabe, por enquanto, se uma bomba de gás lacrimogênio ou de fabricação caseira. O cinegrafista, que perdeu muito sangue, foi levado sem sentidos, num carro da polícia, para o Hospital Souza Aguiar, onde passou por uma tomografia e está sendo submetido a uma cirurgia. Seu estado é grave. A Band espera no hospital, junto á família de Santiago, os resultados da cirurgia e poderá voltar com novas informações”.

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O protesto começou no fim da tarde, com cerca de 500 manifestantes. O grupo partiu da Candelária em direção à Praça da Bandeira pela pista central da Avenida Presidente Vargas. Na altura da Central do Brasil, houve tumulto, roletas da estação foram quebradas e os manifestantes se espalharam.

A manifestação ocorre a dois dias do reajuste dos preços dos ônibus municipais, de 2,75 reais para 3 reais. O aumento foi autorizado pelo prefeito Eduardo Paes, de acordo com o que prevê os contratos com as empresas de ônibus. Desde as manifestações de junho – iniciadas para tentar barrar o reajuste – manifestantes foram às ruas dezenas de vezes, e o transporte se tornou uma das principais bandeiras de todos os protestos.

(Com Estadão Conteúdo)

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