Chuvas deixam cidades de MG e RJ em estado de atenção
Em Belo Horizonte, já choveu 77% do total previsto para todo mês de janeiro
A chuva voltou a castigar o Rio de Janeiro e Minas Gerais neste domingo. Segundo a Defesa Civil mineira, algumas cidades da Região Central e da Zona da Mata estão em estado de atenção devido a riscos de novos deslizamentos por causa das fortes tempestades ocorridas na noite de sábado e madrugada de domingo. Entre os municípios sob maior risco estão Guidoval e Guatacazes, na Zona da Mata, e Governador Valadares, na Região Central.
Em Itabirito, uma das cidades do interior mineiro que registrou o maior número de desabrigados no início deste ano, voltou a chover após cinco dias de estiagem. Pessoas que já tinham retornado para suas casas tiveram de ser encaminhadas novamente para um abrigo municipal. A Defesa Civil diz que tudo ainda está sob controle e não registrou nenhuma ocorrência grave. O Corpo de Bombeiros do estado retirou uma família de casa em Santa Luzia. O imóvel estava ameaçado pelo deslizamento de uma enorme pedra no alto do barranco onde está localizada a residência.
Em Belo Horizonte, informou a Defesa Civil municipal, já choveu 77% do previsto para todo o mês de janeiro. Boletim divulgado na manhã deste domingo contabiliza 103 cidades em situação de emergência, além de quase 12.000 desalojados e 906 desabrigados.
Rio de Janeiro – No Norte fluminense, três cidades – Itaperuna, Italva e Laje do Muriaé – sofreram com as chuvas nas últimas horas e correm risco de novos deslizamentos, segundo a Defesa Civil estadual. Em Laje do Muriaé, o nível do rio voltou a subir após 120 milímetros de chuvas na última madrugada, chegando a 6,5 metros – 2 metros a mais em apenas uma noite. A cidade já registra 3.000 desalojados e 123 desabrigados.
A Defesa Civil de Itaperuna pediu que as famílias que moram em regiões de encostas deixem suas casas. O secretário municipal de Defesa Civil de Itaperuna, major Joelson Oliveira, disse que, durante a madrugada deste domingo, houve deslizamentos de terra no bairro de São Mateus e, pela manhã, no bairro Aeroporto. Não houve vítimas nos dois casos.
De acordo com Oliveira, existem na cidade 106 desabrigados e 3.000 desalojados. Ao todo, foram montados sete abrigos. Ele informou que o nível do Rio Muriaé neste domingo atinge 6,5 metros, mas que os 5,10 metros que são o patamar de transbordo.
Boletim publicado pela Defesa Civil fluminense na noite de sexta-feira contabiliza 6.287 desalojados e 2.361 desabrigados. Até o momento, seis municípios decretaram situação de emergência.
(Com Agência Estado)