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Central das Favelas do Rio rompe com organização da visita de Obama

Grupo discorda das restrições impostas aos moradores da Cidade de Deus e com o que chama de 'maquiagem' do local, para encobrir problemas

Por Cecília Ritto e Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
18 mar 2011, 18h14

Moradores foram informados de que não podem ficar nas lajes nem sair de casa durante a passagem de Obama pela favela

A Central Única das Favelas do Rio (Cufa) rompeu com os organizadores da visita de Barack Obama à Cidade de Deus. A central é contra a forma com que a favela está sendo tratada e contesta as regras a serem cumpridas pelos moradores no momento em que o presidente norte-americano estiver no local. A assessoria de imprensa da Cufa foi informada de que os residentes da CDD não poderão sair de casa nem ficar nas lajes de suas casas no momento em que Obama estiver na favela.

A Central frisa a importância da ida do presidente à Cidade de Deus e afirma que não há nada contra a figura de Obama. As reclamações são dirigidas às imposições de normas e ao que consideram “maquiagem” na favela, com o intuito de criar uma solução rápida para que o presidente não perceba certas deficiências nos serviços oferecidos no local. Desde o começo desta semana, quando aumentaram as apostas de que Obama iria à Cidade de Deus, começou na favela uma série de reparos e obras.

A Cufa é uma organização criada por jovens de várias favelas do Rio com o objetivo de garantir espaço para a expressão dos moradores dessas áreas. O Espaço Cultural da Cidade de Deus foi fundado em 1998. O centro da CDD atua nas frentes da educação, cultura e esporte para ajudar os cerca de 300 crianças, jovens, adultos e idosos atendidos por ano. São oferecidas oficinas de dança de rua, basquete, capoeira, futebol, grafite, informática, teatro e skate.

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Apesar de a Cufa ter optado por não participar do evento, moradores de outras favelas estão no foco da visita de Obama ao Rio. Na seleta lista de convidados para o discurso do presidente norte-americano no Theatro Municipal estarão líderes comunitários de favelas cariocas. Os nomes ainda não estão definidos, pois o consulado dos EUA está sendo obrigado a reduzir a lista após o cancelamento do evento público na Cinelândia.

Mais da metade dos 5.000 convidados para o discurso ao livre terão que ser cortados já que o teatro tem capacidade máxima de 2.361 lugares. Mas, devido ao prestígio com as autoridades brasileiras, alguns já têm assento garantido. É o caso do coordenador do AfroReggae, José Junior. O AfroReggae, assim como a Cufa, se dedica aos moradores de favelas cariocas. O grupo cultural oferece atividades para jovens de forma a apontar alternativas ao narcotráfico e ao subemprego.

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