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Um retrato das transformações do Brasil

Com um exército de 191 mil recenseadores, novas perguntas e tecnologia, o IBGE fez o mais completo levantamento já levado à frente no país

Por Da Redação
29 abr 2011, 10h39

No censo de 1872, o Brasil tinha 9,93 milhões de habitantes. As populações de Rio de Janeiro e São Paulo somadas não chegava a dois milhões de pessoas. A economia era agrícola e movida a mão de obra escrava. Nos 138 anos seguintes, o país passou por uma transformação radical. A população multiplicou-se por vinte, chegando a 190.755.799 habitantes. A economia diversificou-se, a riqueza do país cresceu 100 vezes, a um ritmo que foi o maior do planeta nos primeiros 73 anos do século XX. A mortalidade infantil reduziu-se drasticamente, assim como a taxa de analfabetismo.

A série dos 12 censos realizados no país permite acompanhar essa transformação. A comparação de 1960 com 2010 mostra que o número de municípios mais que dobrou – passou de 2.766 para 5.565. O censo de 1960 traz uma curiosidade: ali, pela primeira vez, a população de São Paulo ultrapassou a do Rio. O de 1970 é o divisor de águas no perfil da população brasileira, que deixou de ser predominantemente rural para se tornar crescentemente urbana.

O Censo 2010 mostrou uma população mais velha e que cresce a um ritmo cada vez menor. Entre 1991 e 2010, a participação relativa da população com idade igual ou superior aos 65 anos aumentou mais de 54%, subindo de 4,8% para 7,4%. No extremo oposto da pirâmide etária, a proporção dos mais jovens diminuiu. Em 1991, as pessoas com até 14 anos de idade representavam 34,7% da população nacional, ao passo que em 2010 o índice foi de 24,1%. O ritmo de crescimento arrefeceu, caindo de quase 3% ano ano, na década de 1960, para 1,7% ao ano na primeira década do século XXI.

Para retratar todas essas mudanças, a cada censo é necessário promover adaptações, mudanças tecnológicas, incluir novas questões. O Censo de 2010 envolveu 191 mil recenseadores, 67,5 milhões de domicílios e todos os 5.565 municípios da federação. Nele, novas perguntas foram incorporadas ao questionário. Além da união entre pessoas do mesmo sexo, foram abordados temas como a posse do registro de nascimento, a existência no domicílio de computadores com acesso à internet, pessoas da família que vivem no exterior e inclusão em programas de transferência do governo.

Outra novidade é que este foi o primeiro censo totalmente informatizado. Os recenseadores usaram computador de mão e GPS, o que facilitou a apuração dos dados mas, principalmente, permite a disseminação dos resultados – o que é importante porque o censo demográfico é a mais importante fonte de informações sobre as condições de vida da população brasileira. Por ser a única pesquisa que abrange os 5.507 municípios do país, é um instrumento precioso para o planejamento de todas as políticas voltadas para o bem-estar social.

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