Carro de juíza morta em emboscada passa por perícia
Patrícia Acioli trabalhava no combate às milícias que atuam no estado
Na manhã desta sexta-feira, o carro em que estava a juíza Patrícia Acioli foi periciado na Divisão de Homicídios da Polícia Civil na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Patrícia foi brutalmente assassinada durante uma emboscada no início da madrugada desta sexta, quando chegava a seu condomínio em Timbau, bairro de Piratininga, em Niterói.
O caso foi transferido para a capital fluminense a pedido da chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha. A casa onde morava a juíza é monitorada por câmeras. Um computador com as imagens gravadas também foi levado à Divisão de Homicídios.
Patrícia comandava a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, esteve no local do crime e admitiu que a magistrada vinha sofrendo ameaças.
Ameaças – Entre as decisões de Patrícia, está a prisão de policiais militares de São Gonçalo que sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura. A juíza também decretou a prisão preventiva de PMs acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem.
O nome da juíza estava em uma “lista negra” feita pelo criminoso Wanderson Silva Tavares, o “Gordinho”, preso no Espírito Santo em janeiro deste ano e chefe da quadrilha de extermínio que agia em São Gonçalo. Ele é acusado de assassinar pelo menos 15 pessoas em três anos.
(Com Agência Estado)
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