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Cabral vai a Dilma pedir ajuda de tropas federais contra ataques

Criminosos atacaram quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas da Zona Norte do Rio. Comandante de UPP ficou ferido

Por Da Redação
21 mar 2014, 10h37

Após ataques de traficantes a pelo menos quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral vai pedir ajuda à presidente Dilma Rousseff para combater o crime organizado. Ele tem reunião agendada para 11h com a presidente, no Palácio do Planalto, acompanhado do vice-governador Luiz Fernando Pezão, do secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, do comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel José Luís Castro, e do chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso. O governador vai pedir que a presidente libere tropas federais, possivelmente da Força Nacional ou das Forças Armadas, para auxiliar na manutenção da segurança pública no estado.

Se concedido o auxílio, não será a primeira vez que tropas federais ajudam na segurança. As Forças Armadas ajudaram na operação de ocupação do Complexo do Alemão em 2010. A Força Nacional já tinha auxiliado o estado durante os Jogos Pan-Americanos de 2007. A decisão de pedir ajuda federal foi tomada após reunião da cúpula de segurança do Estado na noite desta quinta-feira. Cabral vai recorrer ao governo federal para tentar evitar novas ações criminosas contra as bases policiais.

“Estou indo nesta sexta-feira, às 11 horas, a Brasília me encontrar com a presidente Dilma Rousseff e os ministros das pastas afins para pedir ajuda. O Rio vai responder como sempre fez: unindo forças. A população pode ter certeza de que vamos responder”, afirmou o governador em nota à imprensa.

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Cabral anunciou a decisão na madrugada desta sexta-feira, logo após reunião no Centro Integrado de Comando e Controle com gabinete de crise, formado pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luís Castro Menezes, além de outras autoridades da segurança pública.

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Segundo o governo do Rio, o gabinete de crise se reuniu “para fazer uma análise da situação da criminalidade”. Os ataques desta quinta-feira atingiram UPPs localizadas em grandes complexos de favelas da capital, todas na Zona Norte: Parque Arará (Benfica), Manguinhos, Lins (Camarista Méier) e Alemão.

O caso mais grave ocorreu em Manguinhos, onde os contêineres da unidade ficaram totalmente destruídos após um incêndio provocado pelos criminosos. Quatro policiais militares ficaram feridos – três a tiros e um a pedradas. Um dos baleados é o comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo. Atingido na coxa direita, ele foi levado ao Hospital Geral de Bonsucesso e, depois, transferido para o Hospital da Polícia Militar.

“O nosso plano de resposta é todo o Bope, a Core, o Choque, os batalhões da área e a Polícia Civil. Estamos todos de prontidão, com folgas diminuídas, ocupando espaços na cidade para evitar que haja qualquer tipo de ameaça ao cidadão carioca. Nós estamos com força total nas ruas do Rio de Janeiro”, declarou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Manguinhos – Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, o ataque em Manguinhos começou quando agentes foram até um prédio abandonado que havia sido invadido com a intenção de cumprir uma ordem de desocupação. Ao chegarem, foram atacados pelos ocupantes, que lançaram pedras contra os policiais, ferindo um deles na cabeça. A confusão se ampliou e traficantes teriam aproveitado para atacar os policiais e a sede da UPP.

Na unidade, houve troca de tiros. O capitão e mais dois PMs acabaram baleados nesse confronto. O Batalhão de Choque foi acionado para reforçar a segurança no local e o carro blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também subiu o morro. Por conta do tumulto e da troca de tiros, a circulação de trens da Supervia pela favela chegou a ser interrompida. Parte do complexo, composto por 13 favelas, ficou sem energia elétrica.

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