A petroquímica Braskem entregou nesta sexta-feira ao delegado Eduardo Mauat, da Polícia Federal em Curitiba, todas as mensagens eletrônicas do ex-funcionário da empresa Roberto Prisco Ramos, inclusive e-mails encaminhados ao presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na 14ª fase da Operação Lava Jato. Um e-mail específico entre Prisco Ramos e o executivo foi utilizado como um dos argumentos do juiz Sergio Moro para decretar a prisão preventiva de Odebrecht. Na mensagem, há referência de “sobrepreço” de até 25.000 dólares por dia em um contrato de operação de sondas. Para a defesa do executivo, a palavra sobrepreço não quer dizer superfaturamento do contrato. Em nota, a Braskem disse que a coleta das mensagens de Prisco Ramos armazenadas nos servidores “foi auditada por empresa de auditoria independente e certificado com fé pública por tabelião”. “O e-mail abordando as questões de sondas de óleo e gás, datado de março de 2011 e que está em posse das autoridades policiais desde novembro de 2014, não tem relacionamento com as atividades operacionais da Braskem. A empresa reafirma que segue empenhada na elucidação dos fatos e à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações”, diz a companhia. (Laryssa Borges, de Curitiba)