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Falta água em bairros da capital e Grande SP

Pelo menos quatro bairros da Zona Norte têm o fornecimento de água interrompido no início da noite e só retomado na manhã seguinte

Por Da Redação
7 mar 2014, 09h12

Embora a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tenha anunciado nesta quinta-feira medidas para evitar o racionamento de água nas cidades abastecidas pelo Sistema Cantareira, moradores de vários bairros da capital e da Região Metropolitana relatam já estar sofrendo com a falta de abastecimento há duas semanas. Em pelo menos quatro bairros da Zona Norte de São Paulo, o abastecimento está sendo interrompido no início da noite e retomado somente na manhã seguinte.

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“Como a minha caixa d’�água é pequena, a água acaba rapidinho. O pior é que eles cortam bem na hora em que chego do trabalho e preciso lavar roupa e fazer comida”, diz a empregada doméstica Morgana Cristina Moreira Lopes, de 46 anos, que vive com os quatro filhos em uma casa da Vila Ede, região da Vila Gustavo. Na rua dela, a água para de ser fornecida às 20 horas e só retorna após as 7 horas do outro dia. Morgana afirma que, no último fim de semana, o racionamento ocorreu durante todo o dia, e não somente no período da noite e da madrugada. “Imagina eu, com um monte de uniforme das crianças para lavar, e sem água”, reclama.

Próximo dali, casas da Vila Guilherme passam por racionamento das 23 horas às 6 horas, segundo um morador. Na região próxima ao Horto Florestal, também na Zona Norte, dois bairros são afetados: Lauzane Paulista e Vila Amália. “Percebi que a água começou a vir com menos força na torneira na semana passada, uns dias antes do carnaval. O pior é que a Sabesp não avisou nada”, diz a aposentada Edith Avellar, de 79 anos, da Vila Amália. No bairro, o registro é fechado por volta das 21 horas e volta às 7 horas do dia seguinte.

Região metropolitana – Também abastecido pelo Sistema Cantareira, Osasco vive o racionamento há mais tempo e de forma mais severa, segundo moradores. “Faz uns 15 dias que o abastecimento começou a falhar. Só tem água da rua durante a madrugada. A água chega umas 2 horas, mas 7 horas já foi embora de novo”, conta a zeladora Kátia Oliveira Simões, de 50 anos, moradora do Jardim Santa Maria, na divisa com a capital. “Acho que eles começam a racionar água nesses bairros mais afastados porque acham que a gente é inferior. Eu trabalho na Bela Vista (região central). Vê se alguma torneira de lá seca?”, diz Kátia.

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Resposta – Procurada, a Sabesp afirmou, em nota, que “não há restrição de consumo em nenhum dos 364 municípios atendidos pela empresa” e alegou que a reportagem “pretende criar um racionamento onde ele não existe”. A empresa não soube, no entanto, explicar os motivos específicos da falta d�água em cada localidade apontada pela reportagem e alegou que o pedido de esclarecimento feito à assessoria de imprensa chegou muito tarde, “impossibilitando a companhia de verificar as razões do desabastecimento pontual relatado em cada um dos endereços citados”.

De forma genérica, afirmou que a intermitência no abastecimento nas regiões apontadas “pode estar ligada às características dessas localidades, tais como o crescimento desordenado (Osasco), às características geográficas com muitos aclives e declives da zona norte de São Paulo e a áreas de ocupação irregular (Itapevi)”.

A Sabesp afirmou também que tem 56.000 km de redes de água na Grande São Paulo e, a cada oito meses, percorre essa distância à caça de vazamentos. “A companhia está investindo R$ 2,11 bilhões em abastecimento de água na Região Metropolitana entre 2014 e 2016”, diz a empresa, por meio de nota.

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(Com Estadão Conteúdo)

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