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Menor presta depoimento sobre morte de dentista e é liberado

Ele é suspeito de agir com outros dois ladrões na morte de Cintya Magali Moutinho; ela foi queimada viva por ter apenas 30 reais na conta bancária

Por Da Redação
26 abr 2013, 09h04

A Polícia Militar (PM) apreendeu nesta madrugada um menor de idade por suspeita de envolvimento na morte da dentista Cinthya Magali Moutinho de Souza, de 47 anos, que foi queimada viva durante um assalto ao seu consultório na tarde desta quinta-feira, no Jardim Copacabana, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Em nota, a PM chegou a informar que o adolescente, de 17 anos, teria confessado participação no crime. Em seguida, enviou outro comunicado esclarecendo que ele prestou depoimento e foi liberado porque “os indícios não eram suficientes para a imputação do delito”.

De acordo com informações do Bom Dia São Paulo, o menor passou horas dentro da delegacia e contou aos policiais que recebeu a ligação de um dos suspeitos do crime, que confessou o assassinato e disse que iria fugir. A polícia chegou até o menor por meio de uma denuncia anônima, que foi repassada aos policiais militares do 6º Batalhão, que fizeram a apreensão no bairro Paulicéia, também em São Bernardo.

Reprodução de imagens divulgadas pela policia do acusado de assassinar e queimar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, em seu consultório em São Bernardo do Campo, SP
Reprodução de imagens divulgadas pela policia do acusado de assassinar e queimar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, em seu consultório em São Bernardo do Campo, SP (VEJA)

O menor e outros dois ladrões chegaram ao consultório de Cinthya por volta das 12h30 desta quinta-feira e conseguiram entrar dizendo que sentiam muita dor e que precisavam de atendimento da dentista. No momento, havia uma paciente no consultório, que acabou rendida junto com Cinthya.

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Como não tinha muito dinheiro no consultório, a dentista deu o cartão bancário com a senha para os assaltantes. Um deles foi a um caixa eletrônico em uma loja de conveniência a menos de um quilômetro de onde as vítimas eram mantidas reféns. Ao perceber que havia apenas 30 reais na conta, o ladrão voltou ao consultório. Com os outros comparsas, jogaram álcool no corpo de Cinthya e atearam fogo. A dentista morreu na recepção. Os bandidos fugiram em um carro que esperava próximo ao consultório, com um quarto bandido que dava cobertura ao grupo. A polícia segue na busca dos demais envolvidos no crime.

Principal testemunha do crime, a paciente que estava no consultório disse que teve a cabeça coberta por um capuz, mas que de uma sala conseguiu ouvir a dentista implorar pela sua vida. Ela já foi ouvida pela polícia, que também tem imagens do ladrão que foi até a loja de conveniência sacar o dinheiro.

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O enterro da dentista será nesta tarde no Cemitério Vila Euclides, em São Bernardo.

(Atualizado às 12h16)

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