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Após Graça Foster, Sergio Machado deixa a Transpetro

Presidente da subsidiária da Petrobras foi citado por Paulo Roberto Costa como beneficiário de 500.000 reais do propinoduto montado na estatal

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 fev 2015, 18h04

O presidente da Transpetro, Sergio Machado, apresentou na tarde desta quinta-feira à direção da Petrobras seu pedido de renúncia do cargo. Por meio de um comunicado, ele se afastou do controle da subsidiária, posto que ocupava desde 2003, quando foi indicado pelo atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). A saída ocorre um dia depois da renúncia da presidente da estatal, Graça Foster, e mais cinco diretores.

Machado foi citado no depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiário do propinoduto montado para desviar recursos da estatal. Delator do petrolão, Costa diz ter recebido das mãos do próprio Sergio Machado 500.000 reais em propina pela contratação de navios – Costa diz que recebeu porque se tratava de um negócio que precisava também do aval de sua diretoria.

Leia também: PT recebeu até US$ 200 mi em propina, diz delator

“A Transpetro tem alguns casos de repasse para políticos (…) Recebi uma parcela da Transpetro. Recebi, se eu não me engano, 500.000 reais. (Quem pagou) foi o presidente da Transpetro, Sergio Machado (…) Foi devido à contratação de alguns navios e essa contratação depois tinha que passar pela Diretoria de Abastecimento (…) Esse valor me foi entregue diretamente por ele (Sérgio Machado) no apartamento dele, no Rio de Janeiro”, disse Costa conforme revelou reportagem de VEJA em outubro.

Ex-senador, Sérgio Machado é afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros. Por causa do seu envolvimento, a presidente Dilma Rousseff já havia cogitado demiti-lo do cargo. Os peemedebistas, no entanto, impediram a exoneração, alegando que o mesmo tratamento fosse dado aos petistas também citados na Lava Jato.

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Quando a declaração de Costa foi dada à Polícia Federal em depoimentos sobre o escândalo do petrolão, a empresa de auditoria da estatal PricewaterhouseCoopers (PwC) demonstrou constrangimento em validar o balanço financeiro da petroleira, já que, entre os principais executivos no comando da companhia, estava o presidente da Transpetro, denunciado na Lava Jato. A solução, então, foi afastar Machado.

De acordo com interlocutores, Machado havia decidido se manter afastado do cargo quando se deu conta de que as investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobras e possíveis desdobramentos em suas subsidiárias poderiam se arrastar “por anos”. Ele estava licenciado do cargo desde novembro do ano passado e havia renovado o afastamento por outras vezes, estando fora do controle da subsidiária por cerca de três meses.

De Fortaleza, Sergio Machado encaminhou a carta de renúncia após a diretoria da Petrobras ter renunciado em massa. Ele nega ter participado de irregularidades.

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