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Após confirmar amizade com Cachoeira no Conselho de Ética, Demóstenes se calará na CPI

No único esclarecimento público que deu até agora, o senador negou que recebia 30% do que era arrecadado pela quadrilha com a exploração de caça-níqueis e se dispôs a mostrar extratos de suas contas bancárias

Por Laryssa Borges e Gabriel Castro
31 Maio 2012, 07h41

Após ter confirmado durante o depoimento no Conselho de Ética do Senado a amizade com o contraventor Carlinhos Cachoeira – mas negar ter conhecimento das atividades ilícitas do bicheiro – o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) vai repetir hoje, diante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a estratégia dos principais depoentes até agora: ele se calará diante das perguntas de deputados e senadores. A informação foi confirmada pelo advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O político goiano chegou a pedir o adiamento de sua ida à CPI, mas não foi atendido pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Depois de quase três meses de denúncias, Demóstenes se defendeu pela primeira vez em público na última terça-feira no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Apesar de interceptações telefônicas da Polícia Federal terem flagrado conversas em que o senador demonstra saber da rede de exploração de caça-níqueis de Cachoeira, ele negou ter conhecimento das atividades criminosas do bicheiro. “Não tinha a lanterna na proa. Não poderia adivinhar o que sei hoje”, afirmou.

No único esclarecimento público que deu até agora, o senador também negou a acusação de que recebia 30% do que era arrecadado pela quadrilha de Cachoeira com a exploração de caça-níqueis e ofereceu ao Conselho de Ética extratos de duas de suas contas bancárias. Demóstenes afastou ainda a possibilidade de ter ligações com a construtora Delta e de conhecer o ex-presidente da empreiteira, Fernando Cavendish. Após ter quebrado os sigilos bancário, fiscal e telefônico da matriz da empresa, a CPI aprovou o fim da confidencialidade das informações bancárias, fiscais, telefônicas, de e-mail, SMS e Skype do parlamentar.

Simultaneamente à presença de Demóstenes na CPI, a 11ª Vara da Justiça Federal, em Goiânia, ouvirá quatro testemunhas de acusação e onze de defesa no processo envolvendo Carlinhos Cachoeira e sua quadrilha. Por motivos de segurança, os nomes dos depoentes não foram divulgados. Será a primeira etapa do julgamento dos integrantes do bando, acusados de explorar ilegalmente os caça-níqueis em Goiás e corromper autoridades.

Só na sexta-feira é que serão interrogados o próprio Carlinhos Cachoeira e seus comparsas Gleyb Ferreira da Cruz, Idalberto Matias de Araújo, José Olímpio de Queiroga Neto, Lenine Araújo de Souza, Raimundo Washinton de Sousa Queiroga e Wladmir Garcez Henrique. Geovani Pereira da Silva, tesoureiro do grupo, também deveria prestar depoimento, mas está foragido.

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