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Invasores da USP pedem fim de convênio para deixar prédio

Estudantes mantêm a barricada que bloqueia uma rua na entrada do edifício da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)

Por Bruno Abbud
28 out 2011, 12h47

Os alunos acampados no prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo divulgaram uma nota na manhã desta sexta-feira informando que pretendem manter a ocupação até que a Polícia Militar seja impedida de trabalhar na Cidade Universitária. “Seguiremos ocupados até que o convênio USP-PM seja revogado pela reitoria, proibindo a entrada da PM no campus em qualquer circunstância”, diz o documento.

Por volta das 11 horas desta sexta-feira, manifestantes com os rostos encobertos por camisetas entravam e saíam do prédio caminhando normalmente. Alguns diziam que estavam indo almoçar, outros voltavam com caixas recheadas de mantimentos.

Às 11h50, uma gritaria vinda das janelas do primeiro andar chamou a atenção dos jornalistas instalados na frente do edifício. “Fora daqui! Fora daqui!”, berravam vozes masculinas e femininas. Minutos depois, um rapaz de trinta e poucos anos que se identificou como o chefe de segurança da FFLCH deixou o prédio. Arisco, suado e aparentemente amedrontado, não quis conversar com os repórteres.

Os alunos mantêm as barricadas que bloqueiam uma rua na entrada do edifício. Sempre encapuzados, meia dúzia deles permanecia no portão principal, impedindo a entrada de estranhos. A bordo de uma viatura, a Polícia Militar, que apareceu somente pela manhã, não está mais no local. Com raros focos de desavenças internas, o clima é de sossego nas imediações da ocupação.

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Um integrante da ocupação informou que cerca de 100 estudantes continuam instalados nas dependências do prédio. Às 16 horas, alguns alunos que se auto intitulam membros da Comissão de Comunicação da Ocupação darão uma entrevista coletiva. “Queremos negociar com o reitor a retirada dos policiais”, adiantou Leandro Salvatico, 30 anos, aluno do mestrado em Engenharia Química e membro do Núcleo de Consciência Negra da USP.

A universidade – Em entrevista à Rádio CBN, o reitor João Grandino Rodas informou que o Conselho Gestor da Universidade analisará as reivindicações dos invasores. Em nota, a USP enfatizou que a decisão da formalização de um convênio com a PM foi deliberada pelo conselho logo depois do assassinato do aluno Felipe Ramos de Paiva, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Segundo a universidade, o conselho é formado por representantes das Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos Especializados e Museus, além de representantes discentes e de funcionários. A nota diz que a reitoria lamenta “os incidentes ocorridos no dia 27 de outubro e esclarece que esses fatos serão analisados pelo Conselho Gestor, para a apresentação de propostas para o equacionamento da situação, e que serão divulgadas em data oportuna”.

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