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Alesp: investigação sobre emendas pode ser enterrada

Deputado Campos Machado quer encaminhar informações sobre esquema para MP. Em reunião do Conselho de Ética, deputado revelou nome de testemunha

Por Marina Pinhoni
20 out 2011, 21h07

Depois de mais de quatro horas de reunião, nesta quinta-feira, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) continuou sem avanços na investigação sobre a denúncia de venda de emendas por parlamentares, feita pelo deputado Roque Barbiere (PTB). A apuração, aliás, corre o risco de ser enterrada na semana que vem. Pelo menos foi o que sugeriu o deputado Campos Machado (PTB) quando a sessão foi suspensa e a votação de todos os requerimentos que deveriam ter sido votados ter sido adiada para a próxima quinta.

Campos Machado quer encaminhar “tudo o que foi reunido até o momento” para o Ministério Público, que investiga o caso. Diante do pedido, o presidente do Conselho de Ética, Hélio Nishimoto (PSDB), solicitou que seja apresentado um relatório completo dos documentos e conclusões feitos pelo conselho até agora para que, então, o pedido de Campos Machado seja votado. Mas também só na próxima reunião.

A oposição voltou a defender a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso. “Estamos temperando hoje a pizza que será levada ao forno e servida aqui na semana que vem”, afirmou o deputado petista líder da minoria João Paulo Rillo.

Um protesto pela criação da CPI foi marcado para a próxima quinta-feira. Partidos como PT, PCdoB, PSol e PDT e entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Movimentos Populares (CMP) e o Sindicato dos Professores do Estado (Apeoesp) pretendem pressionar os parlamentares em busca das três assinaturas que faltam para a instalação da CPI.

Testemunha – Na reunião, o deputado Major Olímpio (PDT) revelou o nome de Terezinha Barbosa, que ele diz ser uma testemunha da prática de venda de emendas. O deputado quer que ela seja ouvida pelo Conselho, já que, segundo ele, pode trazer “muitas informações sobre o submundo das emendas”. “Esta senhora é da extrema confiança do governador Geraldo Alckmin, tem trânsito livre na Casa Civil e na Assembleia”, afirmou o deputado.

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Segundo Major Olímpio, Terezinha Barbosa, que é presidente da entidade assistencial Centro Cultural Santa Terezinha, falou com ele sobre o esquema de troca de favores envolvendo a liberação das emendas pelos parlamentares em 2007, em seu primeiro mandato.

“Esta senhora me abordou no corredor e pediu que eu fizesse um encaminhamento de emenda para sua entidade. Eu nem sabia que no primeiro mandato tínhamos direito de liberar emendas, então ela me disse: ‘Vamos na Casa Civil que eu mostro ao senhor'”, contou Olímpio. “Ela me relatou que alguns parlamentares usavam estratégias para obter algum retorno financeiro com emendas dizendo: ‘Olha, eu ajudo sua entidade, mas você também tem que ajudar a minha que ainda não está completamente regularizada para a elaboração de convênios”.

O deputado disse ainda que, ao perguntar os nomes dos parlamentares envolvidos, ela disse: “Eu estou apenas relatando um fato, mas não quero acordar com a boca cheia de formigas”.

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