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Advogado diz que prisão de João Dias é política

Delator de esquemas de corrupção no Ministério do Esporte e no governo do Distrito Federal foi preso nesta quarta-feira em Brasília

Por Gabriel Castro
8 dez 2011, 15h32

O advogado do policial militar João Dias, André Cardoso, disse nesta quinta-feira que o delator do esquema de corrupção no governo de Brasília é vítima de uma prisão política. De acordo com o representante do soldado, os crimes pelos quais Dias é acusado, de injúria racial e lesão corporal, são leves e não justificam a manutenção da detenção: “É uma medida política”, diz ele. “Mesmo na eventualidade de uma condenação, é improvável que o cidadão cumpra pena em um regime fechado”, afirmou Cardoso, em entrevista coletiva.

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João Dias foi preso nesta quarta-feira, depois de entrar na sede do governo do Distrito Federal, despejar uma mala de dinheiro no gabinete do secretário de governo, Paulo Tadeu, e trocar agressões com funcionários do local. Ele machucou o dedo de um policial militar que tentava contê-lo e ofendeu a chefe de gabinete do secretário. Tudo isso porque, de acordo com Dias, emissários de Tadeu tentaram comprá-lo para que ele não revelasse irregularidades na equipe do governador Agnelo Queiroz (PT), com quem tem uma relação de vários anos.

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O advogado esquivou-se de perguntas a respeito das provas da tentativa de chantagem que, de acordo com Dias, foi comandada pelo secretário de governo, Paulo Tadeu. “O próprio dinheiro já atesta a materialidade desse ‘cala-boca'”, disse ele, que alega não ter conversado com seu cliente sobre a existência de imagens. Ainda assim, Cardoso afirmou que a casa de Dias é monitorada por câmaras de segurança.

O dinheiro, de acordo com Dias, foi deixado na garagem do policial por emissários de Paulo Tadeu. Dias teria recebido o grupo na cozinha de sua casa e rejeitado a proposta pelos 200 000 reais. Mas, sem que o policial percebesse, a mala com o montante foi intencionalmente colocada na área de sua casa.

O representante do soldado vai agora pedir a liberdade provisória do delator. João Dias chegou a ser liberado da delegacia de Polícia Civil para onde foi levado após o episódio. Mas, como é policial militar e agrediu um colega de corporação, acabou sendo levado em seguida para um presídio da PM.

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