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O movimento dos bombeiros, da radicalização à chance de diálogo

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jun 2011, 16h48

O movimento dos bombeiros começou no dia 14 de abril, com a entrega das reivindicações à secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil. Desde então, houve várias manifestações, e começou a queda de braço com o comando da corporação. A transferência de 36 bombeiros do Grupamento Marítimo foi interpretada como retaliação. Começou ali a escalada de radicalização que culminou na invasão do Quartel General dos Bombeiros, no Centro do Rio, na noite do dia 3 de junho.

20 de abril: Caminhada do Largo do Machado ao Palácio Guanabara com o objetivo de encontrar com o governador Sérgio Cabral, em reunião não agendada. Não são recebidos e vão para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde passam a ter o apoio de parlamentares. Nesse dia, é agendada uma reunião para o dia 28 de abril entre uma comissão de bombeiros, alguns deputados estaduais e o então comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado.

21 de abril: Bombeiros tentam se aquartelar em suas unidades como forma de protesto aos colegas transferidos. Também acampam em frente aos grupamentos marítimos da Barra da Tijuca, Copacabana e Cabo Frio, na Região dos Lagos. No dia seguinte, militares começam a acampar em outros quartéis. Na noite desse dia, caminham do Gmar de Copacabana até o quartel do mesmo bairro.

23 de abril: Caminhada do quartel de Copacabana até o posto 12 da orla

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25 de abril: Manifestantes saem da Candelária, no centro, e vão ao Quartel General. Por causa da chuva, não acampam.

27 de abril: Manifestação na Cinelândia, no centro do Rio

28 de abril: A reunião marcada com o comandante Pedro Machado não acontece.

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03 de maio: O governador informa por meio do deputado estadual André Corrêa que vai abrir canal de negociação se as passeatas forem suspensas. Bombeiros desistem da caminhada prevista e se concentram no Largo do Machado. Marcada para o dia seguinte reunião com o secretário de governo, Wilson Carlos.

04 de maio: A reunião não acontece. Bombeiros montam acampamento na Alerj, onde ficariam até o dia 12 do mesmo mês.

13 de maio: Cerca de mil homens caminham da Alerj até Copacabana. A auditoria militar expede cinco pedidos de prisão contra militares que participaram dos atos de protesto.

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16 de maio: Manifestantes pedem anistia para os colegas presos e para os bombeiros transferidos.

03 de junho: Bombeiros invadem o Quartel General da corporação, acompanhados por mulheres e crianças.

04 de junho: Policiais militares tomam o quartel e prendem 439 bombeiros. Sérgio Cabral chama manifestantes de “vândalos e irresponsáveis”. O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado, é exonerado. Em seu lugar assume o coronel Sérgio Simões.

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05 de junho: Bombeiros acampam na escadaria da Assembleia Legislativa para pedir a libertação dos presos.

06 de junho: Grupo de deputados estaduais elabora uma nota de apoio aos bombeiros presos, defendendo a imediata libertação, a retomada do diálogo do governo com os militares e melhores condições salariais.

07 de junho: Comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, visita o quartel de Jurujuba. À noite, ele se encontra com lideranças do movimento no Quartel General.

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08 de junho: Simões recebe representantes de associações e sindicatos de trabalhadores da área de segurança pública. Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiro pede 2900 reais de piso salarial.

09 de junho: Sérgio Cabral antecipa reajuste salarial dos bombeiros. Um soldado iniciante sem dependentes passa a receber 78 reais a mais. Secretaria estadual de Defesa Civil é criada, tendo como titular o comandante Sérgio Simões.

10 de junho: Justiça concede habeas corpus e bombeiros são soltos.

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