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A cidade da Rio+20 a pleno vapor

No primeiro dia da conferência, os dois principais locais das discussões, o Riocentro e o Parque dos Atletas, funcionaram bem. A única ressalva foi o transporte, como admitiu o próprio ministro Laudemar Aguiar ao site de VEJA

Por Cecília Ritto e Luís Bulcão
13 jun 2012, 20h30

“Há sempre ajustes no primeiro dia. Mas estou muito tranquilo. A ONU está satisfeitíssima com a organização. Acho que nunca houve uma conferência em que as nações unidas tivessem um tratamento tão bom. E eles estão reconhecendo isso”, afirmou Laudemar Aguiar

Após meses de preparativos, enfim foi dada a largada para a Rio+20. Apesar de até a véspera parecer que as principais estruturas da conferência não estariam prontas para receber a babel de visitantes, o funcionamento nesta quarta-feira foi a altura da relevância do evento. No Riocentro, a segurança em nada parecia com a apresentada na terça-feira, quando as revistas pareciam desleixadas. No primeiro dia oficial da conferência, os funcionários reviraram bolsas, computadores, e cuidaram para que nenhum objeto suspeito entrasse no local. O código de barras da credencial da ONU- necessária para circular pelo Riocentro- era checado na entrada e na saída.

“Recebemos mais gente do que o esperado no primeiro dia. Mais de 9 mil e 500 pessoas. Temos 35 mil credenciados, sendo que 23 mil já coletaram as credenciais”, disse o Ministro do Itamaraty, Laudemar Aguiar, chefe dos preparativos logísticos da Comissão Nacional de Organização da Rio+20, ao site de VEJA.

A praça de alimentação ganhou vida e, na hora do almoço, recebeu todo o tipo de nacionalidade. A comida podia agradar os gostos mais diversos, desde hambúrgueres e cachorros-quentes a sushis, alimentos orgânicos e a variada comida a quilo. Em um desses restaurantes, uma mulher estava curiosa em saber do gosto de um líquido que nunca vira antes. Era o guaraná. Na fila do quilo, as pessoas tentavam explicar o que era. No risco, optou pela água.

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Perto do Riocentro, no Parque dos Atletas, onde também ocorre a conferência, a parte da alimentação ficou aquém. Para a quinta-feira, a promessa de que as falhas seriam reparadas. Em uma rede de hambúrgueres, não havia água e os alimentos não foram feitos durante o almoço. Em uma

pizzaria, só havia líquido, nada de comida.

O Parque dos Atletas, que suportou um mar de gente durante o Rock in Rio, está cheio de estandes de diversos países. Emirados árabes, Suécia, Indonésia, Japão, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, França e Brasil nunca estiveram tão perto. A distância de uma pequena caminhada, é possível entrar nos pavilhões de cada um desses lugares e entender as ações de sustentabilidade que têm tomado.

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Na área do Japão, por exemplo, havia tantos expositores do país quanto brasileiros. Mesmo os visitantes que arranhavam no inglês foram bem recebidos, em um nítido esforço de ambas as partes de se entenderem. “Arigato”, dizia uma senhora arrancando um sorriso do japonês. Por todos os lados do Parque dos Atletas começaram a conviver pessoas de diversos países. A cada caminhada, ouvia-se o francês, o árabe, o alemão e mais uma infinidade de línguas traduzidas para o inglês quando essas pessoas tentavam se comunicar entre si.

“Há sempre ajustes no primeiro dia. Mas estou muito tranquilo. A ONU está satisfeitíssima com a organização. Acho que nunca houve uma conferência em que as nações unidas tivessem um tratamento tão bom. E eles estão reconhecendo isso”, afirmou Laudemar. O único porém destacado pelo próprio ministro foi em relação aos transportes, o que, segundo ele, foi ocasionado pela presença da presidente Dilma Rousseff, na manhã desta quarta-feira, no Parque dos Atletas.

“Não houve um incidente em termos de segurança ou de saúde. Fizemos os shuttles com 286 ônibus em várias rotas da cidade, sendo 28 do Galeão ao Riocentro, transportando cerca de 3 mil pessoas. Tivemos um pouco de problema de circulação de trânsito no início da manhã por causa da inauguração do Parque dos Atletas, com a presença da presidente. É normal que ocorra isso e o sistema foi restabelecido logo”, afirmou o ministro. O transporte, até o momento, é o patinho feio da conferência. O prefeito Eduardo Paes que antes havia anunciado o menor número de interferências possíveis no trânsito da cidade teve de voltar atrás e declarar, nesta quarta, que a Linha Vermelha terá faixas exclusivas para chefes de estado.

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