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Filha de ex-espião russo envenenado, Yulia Skripal, deixa hospital

Russa foi levada para um local seguro ainda não relevado; estado de saúde do pai melhorou nos últimos dias

Por EFE
Atualizado em 10 abr 2018, 09h47 - Publicado em 10 abr 2018, 09h47

A filha do ex-espião russo Sergei Skripal, Yulia, envenenada juntamente com seu pai no dia 4 de março, em Salisbury, no Reino Unido, deixou o hospital na segunda-feira e foi levada para um local seguro, informou o hospital.

A diretora médica do hospital Salisbury District, Christine Blanshard, disse nesta terça-feira que Yulia Skripal deixou a unidade de saúde, mas ainda necessita de atenção, por conta do impacto da substância. “Este não é o fim de seu tratamento, mas representa um marco significativo”, disse Christine, na porta do hospital. Ela não forneceu maiores informações sobre o paradeiro da russa.

Os Skripal foram atacados no início de março, com uma substância química do tipo militar identificada como Novichok, de fabricação russa, o que levou ao governo britânico a fazer represálias contra Moscou.

Após conhecer o estado de Yulia Skripal, a embaixada russa em Londres expressou sua satisfação pela sua recuperação, mas pediu “provas urgentes” para saber que o tratamento ao qual foi submetida foi realizado com o seu consentimento.

Sobre o estado de saúde do antigo espião, a diretora médica disse que sua recuperação é mais lenta, mas acredita “que ele também possa deixar o hospital, no devido tempo”.

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O policial Nick Bailey, que atendeu pai e filha quando foram encontrados inconscientes, também foi hospitalizado com sintomas de envenenamento, mas recebeu alta no dia 22 de março, acrescentou a diretora médica.

“Os três tinham sido expostos a uma substância química, um produto altamente tóxico cujo objetivo é impedir o funcionamento do sistema nervoso”, afirmou Christine Blanshard, explicando que os sintomas do envenenamento são náuseas e alucinações.

“Nosso trabalho no tratamento dos pacientes foi estabilizá-los, assegurar que os pacientes pudessem respirar e que o sangue pudesse seguir circulando. Necessitamos utilizar uma variedade de diferentes drogas para ajudá-los até que eles pudessem criar mais enzimas para substituir o veneno”, completou. Christine Blanshard admitiu que as últimas semanas “foram um grande teste para todos os funcionários”.

Em nota divulgada na semana passada, Yulia Skripal, de 33 anos, agradeceu às pessoas por se interessarem sobre seu estado de saúde e fez uma “menção especial” ao “povo de Salisbury”, que os ajudou quando eles estavam “incapacitados”.

Após o ataque em Salisbury, o governo britânico afirmou que a Rússia era responsável pelo envenenamento após identificar a substância utilizada como um agente químico. O governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, decidiu expulsar no mês passado 23 diplomatas russos, enquanto Moscou fez o mesmo como resposta.

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Pouco depois, 14 países da União Europeia, assim como Estados Unidos, Canadá e Ucrânia, também decidiram expulsar diplomatas russos em solidariedade ao Reino Unido.

A Rússia nega a autoria do ataque, mas o governo de Londres insiste em que suas conclusões estão baseadas nas análises feitas pelo laboratório militar de Porton Down, no condado de Wiltshire, perto de Salisbury, e em informações de outras fontes. Na semana passada, o laboratório, no entanto, nãoo pôde concluir que o veneno tinha origem de fato na Rússia. O ministro de relações exteriores russo, Serguei Lavrov, considera as acusações do Reino Unido e de outros países como “provocações”.

Pedido de Asilo

A prima de Yulia, Victoria, afirmou nesta terça-feira que a russa tem a intenção de solicitar asilo político, possivelmente ao Reino Unido ou aos Estados Unidos. “Me disseram que logo haverá uma coletiva de imprensa oferecida por ela, onde divulgará seu pedido de asilo político”, disse Victoria, citada hoje pela imprensa russa.

Vários meios de comunicação já divulgaram, citando fontes de inteligência, que os Skripal poderiam receber asilo nos Estados Unidos após deixar o hospital no Reino Unido.

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