WikiLeaks alerta para futuros vazamentos envolvendo Hillary
De acordo com o ativista Julian Assange, milhares de e-mails de Hillary Clinton serão divulgados antes das eleições de 8 de novembro
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, alertou que divulgará novos e-mails envolvendo a candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton. Em entrevista à rede de televisão Fox News na quarta-feira, Assange afirmou que são “milhares de páginas de materiais” que podem ser significativos para a eleição americana.
De acordo com o ativista, que está abrigado na embaixada do Equador em Londres, o WikiLeaks está correndo contra o tempo para analisar uma série de documentos relacionados à campanha eleitoral. “Alguns têm ângulos bastante inesperados, que são muito interessantes, até divertidos”, disse.
Quando perguntado se o vazamento seria um divisor de águas para a corrida eleitoral, Assange afirmou que “depende de como incendiará o público e os meios de comunicação”. Segundo ele, as informações com certeza serão divulgadas antes das eleições de 8 de novembro.
Em julho, antes da Convenção Nacional Democrata (DNC), o WikiLeaks divulgou cerca de 20.000 e-mails recolhidos por hackers que teriam invadido as contas de sete líderes democratas. As mensagens mostraram que os membros supostamente neutros do partido estavam tentando minar a campanha do pré-candidato Bernie Sanders. O caso levou à renúncia da líder do Partido Democrata, Debbie Wasserman Schultz.
Leia também:
FBI descobre mais 14.900 e-mails não divulgados por Hillary
Assange: há ‘muito material’ da campanha a ser revelado
Vazamento de e-mails sugere possível ajuda de Putin a Trump
“No caso dos vazamentos do DNC, por exemplo, os lançamos o mais rápido que pudemos para tentar fazer isso antes da Convenção Nacional Democrata, obviamente porque as pessoas têm o direito de saber em quem estão votando”, explicou Assange. “O mesmo ocorre aqui para o processo eleitoral dos Estados Unidos”, acrescentou.
Assange, de 45 anos, está há cinco anos na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia por acusações de crimes sexuais, que ele nega. Ele afirma que o pedido sueco é uma manobra para que ele seja entregue aos Estados Unidos, onde teme ser condenado por ter vazado cerca de 500.000 documentos confidenciais sobre o Iraque e Afeganistão, em 2010, além de 250.000 comunicados diplomáticos que constrangeram Washington.
(Com AFP)