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Warren x Sanders: progressistas racham a três semanas de disputa democrata

Pacto de não agressão fica comprometido em debate e candidatos ideologicamente alinhados começam a trocar farpas

Por Vinicius Novelli 17 jan 2020, 20h25

Terminado o último debate de pré-candidatos do Partido Democrata à Casa Branca, em Des Moines, um microfone aberto permitiu ouvir senadora Elizabeth Warren acusando seu colega Bernie Sanders de chama-la de mentirosa em rede nacional. Os dois concorrentes, ambos progressistas, evitaram se alfinetar durante a campanha, mas o racha começou a piorar depois de um relatório apontar que Sanders teria dito a Warren não acreditar que uma mulher poderia governar os Estados Unidos.

O debate na terça-feira 14 começou morno, mas logo as farpas entre os dois progressistas começaram a aparecer. Aos 45 minutos de peguntas e respostas, o mediador Abby Phillip, âncora da CNN, perguntou a Sanders sobre o relatório. O senador respondeu que nunca havia dito aquela frase, contradizendo Warren que, na segunda-feira, confirmara o teor da conversa.

Entre os tópicos que surgiram (na conversa) estava o que aconteceria caso os democratas indicassem uma candidata” à Presidência, dizia o comunicado de Warren. “Eu disse que uma mulher poderia ganhar; ele não concordava. Não tenho interesse em discutir mais essa reunião particular porque eu e Bernie temos mais em comum do que diferenças”, concluíra ela no comunicado.

Terminado o debate, os pré-candidatos foram se cumprimentar, mas o aperto de mãos entre Warren e Sanders não saiu. Pelo contrário, o senador ficou com a mão no ar, enquanto ela disparou: “Acho que você me chamou de mentirosa em rede nacional”. Sanders replicou: “Acho que foi você que me chamou de mentiroso”.

A paz que reinava entre as campanhas progressistas não era tão perene quanto aparentava. E depois do debate de terça-feira, pode ter sido estremecida de vez. O portal de notícias Politico, publicou no sábado 11 que a campanha de Sanders se preparava para atacar Warren.

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O panfleto destinado aos apoiadores de Sanders mostra um script no qual Warren é retratada como candidata da elite. “As pessoas que a apoiam são altamente educadas e mais ricas, que iriam votar no Partido Democrata de qualquer maneira”, diz o panfleto, acrescentando que a senadora não traz uma base nova de apoiadores ao partido.

Se antes ambos miravam no principal pré-candidato democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden, e evitavam se confrontar diretamente, agora o cenário poderá mudar. Há poucas semanas do início das primárias, em 3 de fevereiro, em Iowa, os dois candidatos se mantêm com intenções de votos similares. A média das pesquisas mensurada pelo portal Real Clear Policy mostra Sanders com 19,2% das intenções de voto, enquanto Warren tem 16%. Em Iowa, as médias ficam em 20,3% e 16%, respectivamente.

As primárias se darão até até junho. O vencedor será anunciado na Convenção do Partido Democrata, em julho. Biden se coloca como o mais estável candidato, com 27,2% das intenções de votos. Mas o  bilionário Michael Bloomberg, que entrou tardiamente na corrida, injeta milhões de dólares de sua própria fortuna para alavancar sua campanha. Atualmente, está em quinta lugar na corrida democrata, com 6,6%.

O democrata que conquistar a nomeação do partido, no entanto, terá um adversário de peso para enfrentar. Com um discurso protecionista e bons resultados na economia, o atual presidente, Donald Trump, busca sua reeleição em meio a um processo de impeachment, que classifica como “caça às bruxas”.

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