A nuvem de cinzas que se desprende de um vulcão islandês desde quarta-feira passada, paralisando o espaço aéreo europeu, está se dissipando “de forma clara, informou nesta segunda-feira a geofísica islandesa Bryndis Brandsdottir, da Universidade da Islândia. “A nuvem de cinzas não se eleva agora além dos 3.000 metros, menos da metade da altura no momento de maior intensidade.”
Ainda assim, o caos aéreo na Europa ainda não chegou ao fim. Cerca de 70% dos voos programados para decolar nesta segunda-feira devem ser afetados. A agência de controle aéreo Eurocontrol prevê a decolagem de apenas 8.000 a 9.000 voos dos 28.000 previstos para operar em um dia normal. No sábado, mais de 75% dos voos foram cancelados, e no domingo, 80%.
“Quase 30% do número total de voos devem acontecer hoje (segunda-feira) na Europa, o que representa 50% da superfície total do continente”, destaca a nota divulgada pela empresa. O sul da Europa, incluindo Portugal, Espanha, algumas áreas da Itália, da França, a região dos Bálcãs, Bulgária, Grécia e Turquia, assim como algumas zonas do norte, em especial Noruega e Suécia, estão atualmente abertas ao tráfego.
Ajuda financeira – Enquanto o continente tenta regularizar a situação, a União Europeia informou nesta segunda-feira que está disposta a autorizar que os estados membros concedam ajudas públicas “excepcionais” às companhias afetadas pelo caos aéreo. O Executivo comunitário está “disposto a estudar um dispositivo como o que foi adotado após os atentados de 11 de setembro de 2001” nos Estados Unidos, que permitiu às companhias receber auxílio financeiro.
“Os estados membros deverão demonstrar a necessidade desta ajuda e assegurar que não constitui um apoio excessivo em relação às empresas rivais”, ressalvou o comissário europeu de Concorrência, Joaquín Almunia. Ele destacou, ainda, que as ajudas excepcionais seriam baseadas em um artigo da legislação europeia que “permite aos estados compensar os prejuízos ligados às catástrofes naturais ou provocados por acontecimentos excepcionais”.
(Com agências Reuters e France-Presse)