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Vladimir Putin se prepara para ‘guerra longa’, diz inteligência dos EUA

Chefe da agência de segurança estadunidense especula sobre possibilidade da Rússia usar armas nucleares no conflito

Por Da Redação
11 Maio 2022, 11h50

Vladimir Putin está se preparando para uma longa guerra contra a Ucrânia, afirmou a diretora da agência de inteligência dos Estados Unidos, Avril Haines. Após mais de dois meses de intensos confrontos, autoridades de segurança estadunidenses avaliam as estratégias que serão adotadas pela Rússia a longo prazo, incluindo a possibilidade do uso de armas nucleares.

Em audiência do Comitê do Senado dos Estados Unidos realizada na terça-feira 10, a chefe da inteligência nacional estimou que o conflito na Ucrânia está longe de acabar. Monitorando o avanço das tropas russas no leste do país vizinho, Haines avaliou que mesmo uma vitória de Moscou na disputada região de Donbas, não encerraria o conflito.

+ ‘Batalha de Donbas’ é comparada a confrontos da II Guerra Mundial

Segundo a autoridade estadunidense, Putin ainda pretende “alcançar objetivos além do Donbas”, mas “enfrenta um descompasso entre suas ambições e as atuais capacidades militares convencionais da Rússia”. Ela acrescentou que o presidente russo provavelmente planeja estender sua ofensiva à medida que a situação na Ucrânia vai se tornando mais crítica, com a alta da inflação, dos preços da energia e a escassez de alimentos piorando. 

+ Rússia revela objetivo de controlar tanto Donbas quanto o sul da Ucrânia

Além disso, o Kremlin também estaria aguardando um enfraquecimento do apoio dos EUA e da União Europeia ofertado ao país governado por Volodymyr Zelensky.

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A inteligência americana também sugeriu que o presidente russo pode recorrer a “meios mais drásticos” à medida que a guerra continua – embora Moscou só use armas nucleares se Putin perceber uma “ameaça existencial” para a Rússia.

A luta feroz continua no leste, onde a Rússia está tentando tomar território. Moscou redirecionou suas tropas para capturar a região de Donbas depois que a Ucrânia resistiu às tentativas de tomar sua capital, Kiev. Mas, apesar disso, suas forças permanecem em um impasse, disse a inteligência dos EUA.

Nos últimos combates, a Ucrânia afirma ter recapturado quatro assentamentos na região nordeste de Kharkiv. Cherkasy Tyshky, Ruski Tyshky, Rubizhne e Bayrak foram todos arrebatados da Rússia, disseram as forças armadas da Ucrânia.

Zelensky disse que as forças ucranianas estão gradualmente expulsando os russos de Kharkiv, que tem sido bombardeada desde o início da guerra. Contudo, o presidente ucraniano, continua pressionando a comunidade internacional por medidas imediatas para acabar com o bloqueio da Rússia aos portos da Ucrânia, um dos maiores produtores de trigo.

O líder ucraniano alertou que os ataques russos à região portuária de Odessa, atingida por mísseis na segunda-feira, 9, afetam as exportações de grãos e podem gerar uma crise alimentar global.

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+ Zelensky pede fim de bloqueio portuário para evitar crise alimentar global

Paralelamente, a União Europeia, que tenta pressionar Moscou pelo fim do conflito, ainda não conseguiu chegar a um acordo para proibir as importações de petróleo da Rússia.

+ Lentidão para proibir petróleo russo enfraquece UE e ajuda Putin

O prolongamento da guerra está causando um crise humanitária, com milhares de mortos e mais de 5 milhões de refugiados. O número oficial de mortos na guerra da Ucrânia, de acordo com as Nações Unidas, é de 3.381 ao longo de quase 11 semanas de conflito, que também deixaram 3.680 feridos. No entanto, Matilda Bogner, chefe da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU, afirmou na terça-feira, 10, que o verdadeiro número supera “em milhares” os registro oficiais.

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