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Viúva de Pinochet é investigada por desvio de verba pública

Lucia Hiriart é acusada de venda ilegal de imóveis e desvio dos fundos da organização de caridade Cema Chile

Por Da redação
19 ago 2016, 16h30

Lucia Hiriart, a viúva do ditador chileno Augusto Pinochet, está sob investigação por apropriação indevida de verbas públicas. Hiriart é acusada de venda ilegal de imóveis, pelos quais teria recebido cerca de 6,3 bilhões de pesos (30,8 milhões de reais).

As propriedades foram recebidas gratuitamente pela fundação Cema Chile, que Hiriart presidiu por 43 anos, durante a ditadura de Pinochet. Entretanto, não existem registros formais desses imóveis nem da quantidade de dinheiro recebida com a sua venda. Segundo oficiais chilenos, os lucros com as vendas foram transferidos para o exterior ou simplesmente desapareceram.

Um relatório do Ministério Público do Chile também acusa a viúva de desviar fundos da Cema para pagar despesas pessoais do general Pinochet durante o período em que ele estava sob regime de prisão domiciliar, após sua condenação em 1998. Entre as transações suspeitas está a transferência de 100.000 dólares (cerca de 322.000 reais, em valores atuais) do fundo da organização para uma conta bancária de Hiriart em Londres, onde ela morava com seu marido. O dinheiro foi pago em duas transferências de 50.000 dólares, uma em 1998 e outra em 1999.

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A fundação Cema Chile foi criada pelo governo de Pinochet em 1954, como uma organização para as obras de caridade da primeira-dama. Hiriart assumiu a gestão da fundação após o golpe militar de 1973 e atuou como presidente até o último sábado, dia 13, quando renunciou ao cargo. A renúncia ocorreu quatro meses depois da Justiça chilena anunciar a abertura das investigações por malversação de verbas públicas.

A polícia chilena acredita que os lucros da venda ilegal dos imóveis ultrapassam 10 milhões de dólares (mais de 30 milhões de reais). Contudo, a investigação está sendo dificultada pelo fato de que a maioria dos registros da Cema anteriores ao ano de 1996 está desaparecida. Ao jornal britânico The Guardian, o ministro de Bens Nacionais chilenos, Víctor Osorio, afirmou que até o momento foi descoberta a venda de 118 propriedades. “E isso é apenas uma porcentagem do total”, afirmou.

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