Vítimas serão ouvidas sobre pena de morte para o atirador
Decisão da promotoria só poderá ser tomada 60 dias depois da acusação formal de James Holmes, que foi marcada para a próxima segunda-feira, dia 30 de julho
A promotora-chefe do caso do atirador que matou 12 pessoas durante uma estreia do filme Batman: o Cavaleiro das Trevas ressurge, na última sexta-feira, disse que vai consultar as vítimas e os parentes dos mortos antes de decidir se vai pedir pena de morte para James Holmes. Segundo Carol Chambers, a decisão só poderá ser tomada 60 dias depois da acusação formal de Holmes, que foi marcada para a próxima segunda-feira, dia 30 de julho.
Leia também:
Leia também: Saiba quem são as 12 vítimas de ataque no Colorado
James Holmes compareceu pela primeira vez ante um tribunal americano nesta segunda. O jovem, de 24 anos, chegou ao local com os cabelos tingidos de vermelho, e o juiz leu para ele os documentos judiciais. Holmes foi preso sem resistência no estacionamento do cinema em que ocorreu o ataque, acusado de ter disparado contra o público.
Segundo a polícia, ele permanecia isolado até então, a fim de preservar sua segurança. Durante a audiência, Holmes não pronunciou uma só palavra e passou a maior parte do tempo olhando para baixo. Ele não será indiciado nesta segunda-feira e deve voltar ao tribunal no início da próxima semana, quando será formalmente acusado.
Leia também:
Leia também: Os ataques mais violentos dos EUA nos últimos 20 anos
Mais cedo, imagens da rede de televisão americana ABC News mostraram Holmes enquanto apresentava um trabalho na feira de ciência de um colégio em San Diego. No vídeo, ele tinha 18 anos e acabara de se formar no ensino médio. Em sua apresentação, Holmes discorria sobre o tema “ilusões temporais”, que seriam técnicas que permitem às pessoas mudarem as lembranças de seu passado.
Holmes era considerado uma pessoa solitária. Não tinha perfis em redes sociais, como Facebook ou Twitter. O FBI o descreveu como um homem branco, de 1,90 metro de altura, nascido em 13 de dezembro de 1987, sem antecedentes criminais ou vínculo com grupos terroristas. O único registro policial em seu histórico foi por excesso de velocidade em 2011.