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Vítimas de coronavírus na China superam mortes deixadas por SARS no mundo

Autoridades chinesas traçam planos para que milhões de pessoas voltem ao trabalho após feriado estendido do Ano Novo Lunar

Por Da redação
9 fev 2020, 16h21

A China viu aumentar para 813 o número total de mortes pelo surto de coronavírus, ultrapassando neste domingo, 9, a quantia de mortos deixada globalmente pela epidemia de SARS em 2003.

O surto de SARS, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, matou 774 pessoas até a declaração do fim da epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou 89 novas mortes no sábado 8. O total de casos confirmados de coronavírus no país é de 37.198, segundo dados da comissão. Novas infecções registraram a primeira queda desde 1º de fevereiro, caindo abaixo de 3.000, com 2.656 casos. Destes, 2.147 casos ocorreram na província de Hubei, epicentro do surto.

Houve 3.000 novos casos de infecção diariamente por 5 dias consecutivos até sexta-feira 7. Contudo, o número foi menor no sábado. A agência estatal de notícias chinesa, Xinhua, diz que um hospital construído recentemente em Wuhan iniciou a operação neste sábado 8.

O vírus também se espalhou para pelo menos 27 países e regiões, de acordo com uma contagem da Reuters baseada em relatórios oficiais, infectando mais de 330 pessoas. Duas mortes foram registradas fora da China continental – ambas de pessoas de nacionalidade chinesa.

Retorno ao trabalho

Na China, as autoridades locais traçam planos para que milhões de pessoas voltem ao trabalho após feriado estendido do Ano Novo Lunar.

Muitas das cidades chinesas costumeiramente apinhadas de gente nas ruas se tornaram quase cidades-fantasma nas últimas duas semanas, já que os governantes do Partido Comunista ordenaram bloqueios, cancelaram voos e fecharam fábricas e escolas. Mesmo na segunda-feira, 10, um grande número de locais de trabalho e unidades de ensino permanecerão fechados e diversos empregados trabalharão de casa.

A escala do potencial baque a uma economia que foi o motor do crescimento global nos últimos anos afetou mercados financeiros, com as ações caindo e os investidores mudando suas atenções para o ouro, títulos financeiros e os ienes japoneses.

O gabinete do governo chinês declarou neste domingo que trabalhará junto às autoridades de transporte para garantir o bom retorno ao trabalho de funcionários de setores-chave, como alimentos e medicamentos.

O grupo especial de coronavírus do Conselho de Estado também disse que os trabalhadores devem retornar em “escalas”, em vez de todos de uma vez, para reduzir os riscos de infecção.

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O embaixador da China na Grã-Bretanha descreveu o recém-identificado vírus como “inimigo da humanidade” em entrevista à BBC neste domingo, mas acrescentou que o problema “é controlável, evitável e curável”.

“Neste momento é muito difícil prever quando teremos um ponto de inflexão”, disse Liu Xiaoming. “Nós certamente esperamos que chegue em breve, mas o isolamento e as medidas de quarentena foram muito eficazes.”

Investimento

O Ministério das Finanças da China anunciou neste domingo que todos os níveis do governo alocaram um total de 71,85 bilhões de iuanes (10,26 bilhões de dólares) até a tarde de sábado para combater o coronavírus.

O ministério disse em comunicado em seu site que os recursos serão usados para garantir que os membros do público possam arcar com o diagnóstico e o tratamento.

O dinheiro também será usado para garantir que os esforços de todas as regiões para combater o vírus não sejam impactados por restrições financeiras, acrescentou a pasta.

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(Com Reuters e Agência Brasil)

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