Violência na República Centro-Africana já deixou 600 mil refugiados
Comissão Europeia enviou hoje avião com kits básicos de artigos de primeira necessidade

Cerca de 600.000 pessoas foram forçadas a deixar suas casas na República Centro-Africana (RCA) devido à violência dos enfrentamentos entre milícias, informou neste sábado a Comissão Europeia. Entre esses deslocados há 370.000 da capital, Bangui, onde os confrontos entre ex-rebeldes do grupo Seleka e as milícias de autodefesa denominadas ‘Antibalaka’ já deixaram 500 vítimas mortas desde 5 de dezembro.
Com a gravidade da situação, a Comissão Europeia enviou também neste sábado um avião de ajuda humanitária com 20.000 pacotes com artigos de primeira necessidade (como alimentos, medicamentos e objetos de higiene pessoal). “Centenas de milhares de cidadãos perderam suas casas e dependem de nossa ajuda imediata, estamos utilizando todos os veículos de imprensa que temos a nossa disposição”, assegurou no comunicado Kristalina Georgieva , delegada da Comissão Europeia para a Cooperação Internacional, Ajuda Humanitária e Resposta às Crises.
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A onda de violência começou no início do mês quando as milícias ‘Antibalaka’, cristãs e partidárias do ex-presidente François Bozizé, criaram caos em Bangui com disparos de artilharia pesada. O exército respondeu aos ataques apoiado por membros da minoria rebelde muçulmana Saleka, que derrubaram a Bozizé e empossaram seu líder, Michel Djotodia, presidente do país. (Continue lendo o texto)
República Sul Africana
Os enfrentamentos entre as duas milícias, que deixaram cerca de mil de vítimas em todo o país, levaram a um conflito religioso em que os civis são atacados. As ações desses milicianos cristãos ocorreram antes que a ONU autorizasse a intervenção militar da França, junto a uma força africana, para restabelecer a ordem no país.
A República Centro-Africana está mergulhada no caos desde que a coalizão rebelde Seleka, majoritariamente muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé em março. Um governo de transição liderado por Michel Djotodia perdeu o controle do país. Grupos rivais cristãos e muçulmanos travam desde então pesados confrontos. A guerra civil já provocou o êxodo de dezenas de milhares de pessoas para os países vizinhos.
(Com agência EFE)