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Violência deixa mais de 100 mortos na Nigéria

Por Tony Karumba
9 jul 2012, 10h12

Mais de 100 pessoas, incluindo um senador federal e um deputado regional, morreram nos ataques de homens armados no fim de semana no estado de Plateau, centro da Nigéria, onde as autoridades locais decretaram um toque de recolher para restaurar a calma.

O estado de Plateau fica na fronteira entre o Norte, de maioria muçulmana, e o Sul, de maioria cristã. Por este motivo foi palco de ondas de violência sectária nos últimos anos.

Os ataques do fim de semana foram atribuídos aos Fulani, um grupo étnico de pastores muçulmanos com velhos ressentimentos contra os líderes cristãos que mantêm o controle político da área.

Pelo menos 80 pessoas morreram em vários ataques dos Fulani contra a localidade no sábado, informou o porta-voz do governo estadual, Pam Ayuba.

No domingo, os mesmos homens atacaram e saquearam um cemitério, onde vários mortos da véspera haviam sido sepultados, e provocaram novas vítimas, segundo Ayuba.

Dois importantes políticos, o senador Gyang Dantong e o líder da Assembleia Legislativa local Gyang Fulani, morreram no ataque, assim como outras 20 pessoas.

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Os dois políticos pertenciam ao grupo étnico Birom, majoritariamente cristão.

David Mark, presidente do Senado da Nigéria, criticou os “assassinatos”.

“Como uma nação, devemos nos levantar contra aqueles que estão determinados a devolver-nos a um estado natural no qual a vida tem pouco ou nenhum valor”, afirmou em um comunicado.

Pouco depois da divulgação da notícia sobre os assassinatos, grupos de homens armados bloquearam estradas em diversas áreas. Em resposta, o governador de Plateau, Jonah Jang, impôs um toque de recolher em quatro distritos. Os moradores só podem sair de casa entre o meio-dia e o início da noite.

Os recentes casos de violência em Plateau foram provocados por diversos conflitos, que nem sempre têm relação evidente.

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Além das ações dos Fulani, o estado é cenário de conflitos entre grupos muçulmanos e cristãos, a maioria ao redor da Jos.

O Boko Haram, grupo islamista radical responsável por mais de 1.000 mortes na Nigéria desde meados de 2009, também atua na região, sobretudo com ataques a igrejas.

No mês passado, no estado vizinho de Kaduna, ataques do Boko Haram a igrejas e represálias violentas de jovens cristãos contra mesquitas deixaram dezenas de mortos. Kaduna permanece sob toque de recolher.

A Nigéria é o país africano de maior população, com 167 milhões de pessoas, e é o principal produtor de petróleo do continente.

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