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Violência aumenta na Síria; carro-bomba explode em Damasco

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24 abr 2012, 15h25

A violência redobrou de intensidade, apesar da presença de observadores da ONU na Síria, onde um carro-bomba explodiu nesta terça-feira e feriu três pessoas, após o dia mais mortal desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 12 de abril.

O carro-bomba explodiu em Marje, no centro de Damasco, de acordo com a emissora oficial síria, que culpou “terroristas” pelo ataque.

Ontem, 54 civis foram mortos “pelo fogo das metralhadoras das forças regulares, e cinco soldados durante operações”, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A violência continua, apesar da trégua prevista no plano para acabar com a crise, proposto pelo emissário internacional Kofi Annan.

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Uma equipe avançada de observadores circula diariamente nas cidades afetadas pela repressão. O objetivo é preparar o terreno para 300 observadores internacionais que devem chegar na próxima semana.

Eles são responsáveis por monitorar o cessar-fogo e ajudar a aplicar os outros pontos do Plano Annan: o regresso do exército aos quartéis, a libertação de presos políticos, o início de um diálogo político entre governo e oposição.

“Onze soldados da ONU estão no terreno, dois deles em Homs” (centro), cidade símbolo da repressão, a pedido dos moradores, que temem novos ataques, disse à AFP Neeraj Singh, líder da equipe.

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Na manhã desta terça-feira, os observadores visitaram Duma e Harasta, subúrbio de Damasco, segundo a agência de notícias oficial SANA e os Comitês Locais de Coordenação (CLC).

Outros partiram para Hama (centro) “após o massacre” que matou 31 pessoas. Um vídeo postado na internet mostra pelo menos quatro capacetes azuis cercados por militantes no bairro Machaa Arabaïne.

Combates entre tropas regulares e desertores do Exército Sírio Livre (ESL) aconteceram nesta terça-feira em Sitt Zeinab, sul de Damasco, enquanto em Duma, a 13 km da capital, explosões e tiros foram ouvidos, segundo o OSDH.

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Um civil foi morto por estilhaços de uma granada lançada pelas forças do regime em Duma, e um agente da segurança morreu em Damasco, segundo a ONG.

A comunidade internacional insiste na necessidade de Damasco garantir toda liberdade aos observadores da ONU.

“É muito importante que o governo sírio forneça proteção completa para os observadores e garanta liberdade de movimento, liberdade de acesso”, declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

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Damasco deve fornecer para esta missão “toda a cooperação” possível, incluindo “meios aéreos” (helicópteros e aviões), acrescentou.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, pediu uma rápida implantação de observadores.

“Nós nos recusamos a dar ao regime um novo prazo para matar. Pedimos a Kofi Annan o envio rápido de observadores. Pedimos que alguns deles fiquem baseados em áreas fixas para proteger as cidades mais atacadas pelas forças regime, e que outros possam se mover rapidamente”, acrescentou.

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Além disso, o CNS acusa as autoridades “de se vingar da população após a partida dos observadores, como aconteceu ontem, em Hama”.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, alertou contra toda tentativa de prejudicar o trabalho da missão. “Eu espero que quem tenta sabotar a missão da ONU na Síria seja incapaz de colocar em marcha seus projetos”, disse, sem especidicar a quem fazia referência.

O presidente tunisiano, Moncef Marzouki, afirmou que o regime de Damasco está “acabado” e que Bashar al-Assad acabará por partir “morto ou vivo”, em uma entrevista publicada no jornal Al-Hayat.

Em Damasco, foi preso o escritor e militante da sociedade civil, o palestino Salameh Kaileh, segundo o advogado dos direitos Humanos, Anouar Bounni.

Salameh Kaileh, autor de várias obras políticas, já havia sido preso por 9 anos durante o regime de Hafez al-Assad, pai de Bashar.

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