‘Vídeo dos 47%’ abalou imagem de Romney, diz pesquisa
Depois do vazamento das imagens, 43% dos eleitores registrados disseram que passaram a ver o candidato republicano de maneira menos positiva
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, teve sua imagem abalada junto ao eleitorado por causa de um vídeo em que aparece ironizando os eleitores do seu rival democrata, o presidente Barack Obama, segundo pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira.
Depois do vazamento das imagens, 43% dos eleitores registrados disseram que passaram a ver Romney de forma menos positiva e 59% consideraram injusta a sua descrição da base eleitoral de Obama. Além disso, para 73% dos entrevistados é irrelevante o fato de a declaração de Romney ter sido feita a portas fechadas para o seus apoiadores, e 67% disseram se identificar com o grupo que Romney descrevia – e que, ironicamente, o republicano estimou em apenas “47%” do eleitorado.
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No vídeo, gravado secretamente em maio num evento de arrecadação de fundos de campanha, Romney diz que 47% dos americanos vão votar de qualquer maneira em Obama porque se consideram vítimas do sistema e dependem do governo. Além disso, afirma que “não é seu trabalho se preocupar com essas pessoas”. O episódio contribuiu para a imagem que os democratas transmitem de Romney, a de um político elitista e alheio aos problemas dos americanos comuns.
Impacto eleitoral – Julia Clark, especialista em pesquisas do insituto Ipsos, disse que o incidente causa um problema para a imagem do republicano, mas seu impacto eleitoral é incerto. “Esse tipo de questão, uma gafe ou um comentário indiscreto de um candidato, tem um efeito sobre a imagem do candidato, mas não é o tipo de coisa que decide como as pessoas votam no dia da eleição”. Na mesma pesquisa, 41% dos entrevistados disseram que o candidato estava abordando uma questão pertinente acerca do governo.
O levantamento colheu a opinião de 1.197 eleitores que disseram estar inclinados a votar e de 869 eleitores registrados. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais para os eleitores prováveis e 3,8 pontos para os demais.
(Com agência Reuters)