Vice-presidente do Parlamento nega acusação de estupro
Nigel Evans é suspeito de abusar sexualmente de um jovem e agredir outro
Neste ano, Evans revelou, em entrevista a um jornal britânico, que é homossexual. Disse que estava “cansado de viver uma mentira”
O vice-presidente do Parlamento britânico, Nigel Evans, detido no sábado sob a acusação de estupro e agressão sexual contra dois homens, se diz inocente. Ele se pronunciou sobre as denúncias neste domingo, classificando as acusações de “completamente falsas”. Em declarações à imprensa local, o político conservador leu um breve comunicado no qual revelou que os homens que o acusam são duas pessoas conhecidas por ele e que “até ontem eram considerados amigos”. “Não entendo por que apresentaram essas denúncias”, afirmou Evans, que foi interrogado pela polícia e acabou sendo solto após pagamento de fiança. O deputado disse ainda que uma das acusações se refere a uma relação sexual ocorrida há quatro anos e contou que viu um dos de autores da denúncia na última semana em um encontro social. Ele se diz “incrédulo” diante dos relatos deles.
Evans, de 55 anos, foi detido na cidade de Pendleton, no condado inglês de Lancashire. O deputado foi interrogado durante várias horas para esclarecer as acusações, feitas por homens muito mais jovens, na casa dos 20 anos. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também do Partido Conservador, foi informado sobre a a prisão do deputado, fato que teve enorme repercussão em Londres. Evans, de origem galesa, é deputado por Lancashire desde 1992 e, desde junho de 2010, é um dos três vice-presidentes da Câmara dos Comuns. Neste ano, Evans revelou, em entrevista a um jornal britânico, que é homossexual. Disse que estava “cansado de viver uma mentira”. Embora o posto de vice-presidente do Parlamento não tenha muito exposição pública, Evans é muito conhecido e respeitado por seus colegas em Westminster.
(Com agência EFE)