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Venezuela volta atrás e corta diálogo com Estados Unidos

Declarações da futura embaixadora americana na ONU sobre a repressão no país sul-americano irritaram o governo de Maduro e azedaram a aproximação

Por Da Redação
20 jul 2013, 04h51

A tímida aproximação entre Venezuela e Estados Unidos, ensaiada desde a morte de Chávez e iniciada há um mês e meio em um encontro entre os chanceleres dos dois países na Guatemala, terminou de forma abrupta nesta sexta-feira.

Irritado com a iminente confirmação de Samantha Power como embaixadora americana na ONU, o governo venezuelano anunciou nesta sexta-feira o encerramento das conversas com Washington. O motivo para o rompimento foi a sinceridade de Power que, em audiência diante de senadores americanos, citou a Venezuela, ao lado de Cuba, Irã e Rússia, como nações onde existe repressão da sociedade civil.

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A declaração enraiveceu Nicolás Maduro, que exigiu uma retificação do governo de Washington – e foi ignorado. No lugar disso, o Departamento de Estado assegurou que respaldava completamente a indicação de Power. “(Ela) é uma candidata extraordinária e incrivelmente competente”, indicou a porta-voz do órgão, Marie Harf.

Resposta – Culpando o apoio americano à “agenda intervencionista” de Power, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela declarou encerradas as negociações iniciadas na Guatemala. “A Venezuela jamais aceitará ingerências de nenhum tipo em seus assuntos internos”, destacou o comunicado. O órgão também acrescentou que os EUA não respeitaram os princípios de soberania do país e que as declarações de Power contradiziam o tom estabelecido pelo secretário de Estado John Kerry no início das conversas.

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Por fim, ignorando o relatório da Anistia Internacional que apontou a contínua perseguição do governo venezuelano a opositores, a nota do ministério classificou como “infundada” a acusação de Power e assegurou que o país possui um “respeito irrestrito aos Direitos Humanos”.

Diplomacia – A Venezuela é o principal obstáculo diplomático para os Estados Unidos na América Latina desde a era Hugo Chávez. Ao mesmo tempo, no entanto, a nação sul-americana também é o quarto maior fornecedor de petróleo para os EUA. Recentemente, o governo americano expressou suas preocupações sobre como as profundas divisões pós-eleitorais na Venezuela seriam resolvidas. A oposição contestou a eleição apertada e disse que a vitória de Maduro foi fraudulenta.

(Com agência EFE)

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