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Venezuela prende sete suspeitos de envolvimento em morte de ex-miss

As autoridades não formalizaram as acusações, mas disseram ter indícios que ligam as pessoas detidas ao crime que causou profunda comoção no país

Por Da Redação
9 jan 2014, 14h25

A polícia venezuelana comunicou nesta quinta-feira que sete pessoas foram presas sob suspeita de participação no assassinato da ex-miss Venezuela 2004 e estrela de telenovelas Mónica Spear, de 29 anos, e de seu ex-marido, Thomas Henry Berry, de 39 anos. O crime ocorreu na noite da última segunda-feira. Segundo a rede CNN, as autoridades ainda não formalizaram nenhuma acusação contra os detidos, mas informaram que existem indícios suficientes para ligar os suspeitos ao crime que chocou a população. Além de causar profunda comoção pela morte de uma conhecida personalidade do país, o crime também aumentou a pressão sobre como o governo de Nicolás Maduro vem negligenciando os altos índices de criminalidade registrados nos últimos anos.

Por meio de um comunicado, o Ministério do Interior anunciou que os assassinos de Mónica estão entre os sete suspeitos mantidos sob custódia pela polícia. A agência estatal de notícias AVN comunicou que foram detidos quatro homens, uma mulher e dois adolescentes. Alguns pertences que foram roubados das vítimas estavam de posse dos suspeitos.

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De acordo com a rede CNN, a filha de cinco anos do casal, que presenciou o crime e sofreu um ferimento de bala, recebeu alta e deixou o hospital. Ela não sabe que os pais foram mortos e receberá acompanhamento psicológico antes de receber a notícia. “Vamos fazer isso com calma, usar metáforas. Diremos que eles foram para o paraíso e continuarão olhado por ela”, afirmou Ricardo Spear, irmão de Mónica.

Em uma reunião realizada na quarta-feira com governadores, prefeitos e ministros, o presidente teve um lampejo de lucidez ao assumir sua responsabilidade pelo problema. Mas voltou a desviar o foco ao dizer que os meios de comunicação “da direita” manipulam as informações sobre mortes violentas no país. “Ninguém pode cruzar os braços. O assassinato, a violência, o massacre contra essa jovem venezuelana e seu marido, é uma bofetada para todos nós. Todos precisam assumir nossa responsabilidade. Eu assumo a minha”, disse, para um grupo que contou com a presença do líder da oposição Henrique Capriles.

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O governo venezuelano não divulga oficialmente números sobre a criminalidade do país, citando o tema apenas para rebater dados bastante desfavoráveis apresentados por outras organizações. O Observatório Venezuelano de Violência (OVV) calcula que em 2013 houve mais de 24 000 homicídios no país, ou 79 para cada 100 000 habitantes. Segundo a OVV, o índice de homicídios no país quadruplicou na última década e meia de chavismo. O Ministério do Interior e Justiça rejeita os números da ONG e afirma que houve uma redução de 17% no número de homicídios no ano passado, com 39 pessoas mortas para cada 100 000 habitantes. Um relatório da ONU de 2010 colocou a Venezuela ao lado de Honduras, El Salvador e Jamaica como um dos países com maior criminalidade no mundo.

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