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Venezuela impede que brasileiros retornem do país

Maduro fecha a fronteira e quase cem pessoas já recorreram ao consulado brasileiro. Esse número pode aumentar, segundo previsões das autoridades

Por Leonardo Coutinho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 dez 2016, 00h19 - Publicado em 18 dez 2016, 18h30

Engolfado em uma crise financeira, política e institucional, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, coloca a culpa em inimigos externos para justificar o fracasso do chavismo. A última ação coordenada por Maduro para desviar a atenção para os problemas de seus país foi fechar a fronteira com o Brasil. Neste sábado, o venezuelano anunciou que a fronteira está lacrada até o dia 2 de janeiro – prazo ainda prorrogável!

Maduro diz que a medida é necessária para combater a ação de “máfias” que estariam enviando para fora do país milhões de bolívares em espécie, como forma de “desestabilizar” o seu governo.

A medida absurda impactou diretamente milhares de brasileiros que vivem na Venezuela. Até a tarde deste domingo, uma centena de pessoas recorreram ao vice-consulado do Brasil, na cidade de Santa Elena de Uiarén, em busca de ajuda.

A cidade faz fronteira com a brasileira Pacaraima (RR) e a população das duas localidades vivem de foram integrada transitando livremente de um lado para o outro dos postos de controle, como se ambas formassem apenas um aglomerado urbano no extremo norte da Região Amazônica.

O Itamaraty disse a Veja.com neste domingo que a Consulado do Brasil em Caracas tenta um acordo para assegurar que os desejem deixar a Venezuela possam atravessar a fronteira.

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Autoridades de Roraima ouvidas pela reportagem temem que a situação se agrave. Dezenas de ônibus de turismo deixaram o Brasil em direção ao país vizinho todas as semanas. A reportagem apurou que centenas de brasileiros podem ter problemas para voltar para suas casas caso a medida não seja revertida.

Não foi só. Maduro também fechou a fronteira com a Colômbia. Esta é a segunda fez neste ano que o mandatário toma essa decisão. No início do ano, a medida levou a Venezuela à beira do caos pois, com falta de alimentos e insumos básicos, os venezuelanos recorriam diariamente à Colômbia para comprar comida. Somados, os períodos de interdição chegam a um ano de duração.

Nos últimos meses, mais de 30 000 venezuelanos atravessaram por terra a fronteira seca com o Brasil. Depois de Pacaraima, milhares deles seguiram em direção à capital de Roraima, Boa Vista, onde passaram a mendigar nas ruas.

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Enquanto isso, Maduro delira. Afirma que os serviços de inteligência de seu país têm provas que existem galpões repletos de notas de 100 pesos. Esses depósitos de dinheiro estariam localizados na Colômbia, Brasil, Suíça e Alemanha.

Maduro chegou a dizer que as “máfias” estariam usando papel venezuelano para falsificar dólares que invadem o mercado local.

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