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Venezuela: Gustavo Dudamel condena violência de Maduro

Tradicional apoiador do chavismo, maestro critica o presidente venezuelano após morte de jovem músico pela repressão

Por Angela Nunes Atualizado em 5 Maio 2017, 00h32 - Publicado em 4 Maio 2017, 19h04

Um dos mais conceituados maestros do mundo, Gustavo Dudamel condenou, nesta quinta-feira, a atuação de Nicolás Maduro. O venezuelano diretor da Orquestra Filarmônica de Los Angeles divulgou um comunicado no qual, pela primeira vez, deixa de lado seu apoio ao chavismo e se posiciona duramente contra a violência do governo de Maduro. “Minha vida inteira foi dedicada à música e arte como forma de transformação das sociedades. Eu levanto a minha voz contra a violência e repressão. Nada pode justificar o derramamento de sangue”, escreveu.

Gustavo Dudamel é um fenômeno da música clássica. Ele assumiu a Orquestra Simon Bolivar, da qual é o principal regente, aos 19 anos e, aos 29, a filarmônica de Los Angeles. O maestro é também figura-chave e garoto propaganda do El Sistema, o bem-sucedido programa venezuelano de inclusão social pela música, que depende do apoio do governo.

O estopim para a declaração de Dudamel foi a morte, na quarta-feira, do jovem Armando Cañizales, de 17 anos, em um confronto com Guarda Nacional Bolivariana, em Caracas. Cañizales, um músico integrante do El Sistema, protestava contra a decisão do presidente da Venezuela de convocar uma Assembleia Constituinte.

Sem incluir participação do Legislativo, a manobra é vista como estratégia de Maduro para evitar eleições livres e permanecer no poder. Em pouco mais de um mês de protestos, desde que o Tribunal Supremo de Justiça determinou e fim da imunidade parlamentar e assumiu, brevemente, as funções da Assembleia Legislativa do país,  32 opositores do governo foram mortos pela repressão.

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Posted by Gustavo Dudamel on Thursday, May 4, 2017

A nota, publicada no Facebook de Dudamel, diz: “Devemos aos nossos jovens um mundo esperançoso, um país onde você pode andar livremente em dissidência, respeito, tolerância, diálogo e onde os sonhos têm espaço para construir a Venezuela que todos nós queremos”.

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“Chega de ignorar o justo clamor de um povo sufocado por uma crise intolerável. Os venezuelanos estão desesperados por seu direito inalienável de bem-estar e para satisfazer as suas necessidades mais básicas” escreve.

Dudamel afirma que a democracia não pode ser construída para atender a um governo e apela a Maduro que “ouça a voz do povo venezuelano”. O regente encerra a nota com um chamamento. “É hora de ouvir as pessoas: basta.”

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Dudamel ao lado do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chavez (Juan Barreto/AFP/AFP)
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