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Venezuela inicia troca de moeda com ‘apagão bancário’

Bancos não prestarão serviços nos seus escritórios, agências e caixas externos nesta segunda-feira

Por Da redação
Atualizado em 20 ago 2018, 13h27 - Publicado em 20 ago 2018, 01h18

O pacote de medidas do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para conter a inflação do país entra em vigor nesta segunda-feira (20). A principal medida é o corte de cinco zeros da moeda local, que passa a se chamar bolívar soberano. O Fundo Monetário Internacional prevê que a inflação do país fique em 1.000.000% neste ano.

Em pronunciamento transmitido pelas redes sociais, Maduro disse que ‘chegou a hora de governar a economia’. “Os empresários do setor privado dolarizaram os preços dos produtos e já têm seus lucros, agora chegou a hora dos preços justos.”

 

A transição para a nova moeda começou com um ‘apagão’ do sistema bancário venezuelano. No Twitter, a Superintendência das Instituições do Setor Bancário da Venezuela (Sudeban) informou que bancos não prestarão serviços nos seus escritórios, agências e caixas nesta segunda-feira, detalhando a quantidade de horas que cada instituição ficaria fechada.

As entidades financeiras têm tido a tarefa de informar pelas redes sociais sobre como serão as novas notas e a quanto equivalerá uma delas em relação ao que entrará em vigência nesta segunda-feira, dia que foi decretado pelo governo de Nicolás Maduro como feriado para facilitar a conversão.

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A partir desta segunda, a nova família monetária conviverá com as notas de alto valor até sua extinção, pois as menores de 1.000 bolívares já não terão valor, conforme estabelecido pelo Banco Central do país.

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Além disso, todos os salários, preços de bens e serviços, cheques e outros deverão ser ajustados à nova denominação da moeda nacional.

 

Devido à conversão e à incerteza dos comerciantes e venezuelanos em geral em relação a esta e outras medidas econômicas tomadas pelo presidente Nicolás Maduro, as lojas que funcionam nos domingos ficaram fechadas e  outros nem sequer abriram suas portas.

Algo similar aconteceu no sábado, depois do aumento abrupto de salário anunciado por Maduro, com a diferença de que os lugares que abriram ficaram abarrotados de pessoas devido ao temor de um possível aumento dos preços.

O chefe de governo anunciou há dois dias um aumento de salário mínimo dos trabalhadores até 35 vezes superior ao atual, o que equivale a 723 bolívares ou 45 dólares, segundo as taxas oficiais atuais de referência no país. O salário passará de 5.196.000 bolívares para 180.000.000, uma quantidade que será expressada em bolívares “soberanos”, ou seja, 1.800.

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Além disso, o governo informou que entregará à governista Assembleia Nacional Constituinte (ANC) um projeto de reforma de várias leis para estabelecer o novo sistema tributário e fiscal com o qual serão aumentados os impostos sobre o valor agregado, a renda e grandes transações.

Maduro anunciou também a extensão do censo de transportadoras até o dia 30 deste mês e em setembro deve definir o início do aumento da gasolina que será “progressivo” após “aperfeiçoar” o novo sistema de pagamento do combustível.

Por causa destas medidas, três partidos opositores, a Causa R, do dirigente Andrés Velásquez, o Vontade Popular (VP), liderado pelo político preso Leopoldo López, e o Primeiro Justiça (PJ), do ex-presidente do Parlamento, convocaram para terça-feira uma greve e um protesto nacional.

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Segundo explicou Velásquez hoje, a greve será “por tempo definido”, embora também tenha dito que este é “um primeiro passo de uma agenda de luta que certamente vai ter outras interrupções”.

“As medidas anunciadas na sexta-feira passada não são nenhum plano de recuperação econômica para o país, não o são. Pelo contrário, o que representa para o povo venezuelano é mais fome, é mais ruína, mais pobreza, mais sofrimento, mais dor, mais inflação”, disse o político.

O Parlamento venezuelano também informou neste domingo que convocou para terça-feira uma sessão extraordinária para debater “as consequências” das medidas econômicas.

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(Com EFE)

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