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Vaticano revela uma espécie de Wikileaks dentro da Igreja

Documentos vazados pela imprensa querem denegrir o papa, diz porta-voz

Por Da Redação
14 fev 2012, 10h43

O porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, denunciou nesta terça-feira a existência de uma espécie de Wikileaks na Igreja – em referência ao site de Julian Assange responsável por divulgar documentos sigilosos da diplomacia dos EUA. Lombardi se refere ao vazamento de documentos do Vaticano que, segundo sua opinião, tentam desacreditar a Igreja.

“Hoje temos de ter coragem, porque ninguém pode se surpreender com nada. A administração americana teve o Wikileaks e o Vaticano tem agora seu Leaks, seu vazamento de documentos, que tendem a criar confusão e desconcerto e oferecer uma má imagem do Vaticano e do governo da Igreja”, afirmou, em uma nota divulgada pela Rádio Vaticano.

O porta-voz se referia ao vazamento de documentos vaticanos a meios de comunicação italianos sobre duros enfrentamentos entre membros da Cúria, o planejamento de um atentado contra Bento XVI e a gestão do IOR, o banco vaticano. Lombardi afirmou que quem acredita que com estes vazamentos desanima o papa e a renovação da Igreja “se equivoca e se engana”, e pediu calma, sangue frio e muito uso da razão, que de acordo com ele “falta em muitos meios de comunicação”.

Imagem da Igreja – Além disso, o porta-voz diz que são documentos de natureza diferente, de épocas diferentes, apontamentos sobre questões jurídicas e sobre como pode ser melhorada a gestão do Governatorato, o governo que administra o estado da cidade do Vaticano, e que é normal que existam opiniões diferentes. O grave, de acordo com Lombardi, é que são misturadas todas as informações e é transmitida uma imagem “que cria confusão”. Segundo ele, o objetivo das filtragens é desacreditar a Igreja em seu compromisso de lutar contra a pederastia e garantir a transparência do funcionamento de suas instituições.

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Nos últimos dias, a imprensa italiana publicou diferentes documentos internos do Vaticano. O jornal Il Fatto Quotidiano publicou uma matéria revelando um complô para matar o papa no final de 2012, que tinha sido citado pelo cardeal de Palermo, Paolo Romeo, durante uma viagem à China em novembro de 2011. Uma rede de televisão publicou cartas enviadas pelo atual núncio nos Estados Unidos e ex-secretário geral do Governatorato, o arcebispo Carlo Maria Vigano, a Bento XVI na qual denunciava a “corrupção e má gestão” na administração vaticana.

(Com agência EFE)

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