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Vaticano nega que papa foi omisso durante a ditadura

Porta-voz da Santa Sé classificou como 'fatos antigos e nunca provados' as acusações de que Francisco não ajudou jesuítas sequestrados por militares

Por Rodrigo Vizeu, de Roma
15 mar 2013, 10h37

O Vaticano rebateu, nesta sexta-feira, as acusações de que o papa Francisco foi omisso durante a ditadura militar na Argentina, nos anos 1970. As críticas ao passado dele, classificadas pela Santa Sé como “fatos antigos e não provados com forte carga ideológica”, foram relembradas após o cardeal Jorge Mario Bergoglio ser escolhido o sucessor de Bento XVI.

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A principal acusação contra Francisco é de não ter ajudado padres jesuítas sequestrados pelo regime militar. O porta-voz do Vaticano, padre Frederico Lombardi, ressaltou, nesta sexta-feira, que o então cardeal Bergoglio sempre negou as acusações. Lombardi disse também que “a acusação se refere a um período em que ele não era bispo, mas superior dos jesuítas na Argentina”.

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A nota lida pelo porta-voz afirma, ainda, que Bergoglio já foi interrogado pela Justiça sobre o assunto no passado, mas que nada lhe foi imputado. “Muitas declarações mostram como Bergoglio fez muito para proteger pessoas durante a ditadura militar argentina”, afirmou, acrescentando que o pontífice “promoveu a causa da reconciliação” no país.

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Segundo Lombardi, “as acusações pertencem a uma análise histórico-sociológica influenciada por movimentos anticlericais de esquerda contrários à Igreja”.

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Nesta quinta-feira, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel disse que Bergoglio “não tinha vínculo com a ditadura” argentina.

Unidade – Após um conclave realizado em meio a informações de divisões na Cúria, o porta-voz também ressaltou que, em sua mensagem a cardeais mais cedo, o papa defendeu a unidade na Igreja. “Ele fez uma referência a como a unidade e a diversidade se conjugam na Igreja. O Espírito Santo crê na diversidade, mas não em uma Torre de Babel, mas uma unidade nessa diversidade”.

Na entrevista, Lombardi contou ainda que, no dia em que foi eleito, o papa ligou ao núncio apostólico na Argentina, Emil Paul Tscherrig, dizendo que o povo e os bispos do país não precisavam ir à missa do início de seu pontificado, na terça-feira.

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“Ele disse que a viagem é muito custosa e que seria melhor dar o dinheiro da viagem aos pobres. Para manifestar carinho pelo papa, não é preciso se trasladar para Roma”, afirmou, acrescentando que o papa não proibiu ninguém de ir ao Vaticano, apenas afirmou que isso não é necessário.

Agenda – Neste sábado, Francisco receberá todos os jornalistas, os câmeras de televisão e os fotógrafos que cobriram o conclave. Estima-se que o pontífice cumprimentará cerca de 6.000 profissionais. No domingo, ele realizará seu primeiro Ângelus.

Já na terça-feira, acontece a missa oficial do início do pontificado, durante a festa de São José, patrono da Igreja. O Vaticano enviou convites para diversos países e já recebeu confirmação de chefes de Estado como a presidente argentina, Cristina Kirchner, e a brasileira Dilma Rousseff. Na próxima quarta, o papa argentino receberá delegações de outras comunidades cristãs. Em julho, Francisco deve vir ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude.

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